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Indústria paulista fecha 9.287 postos de trabalho em outubro
MAURICIO ESPOSITO
da Reportagem Local
A indústria paulista fechou 9.287
vagas no mês passado e já eliminou, desde o início do ano, 102.791
postos de trabalho.
O número de vagas fechadas entre janeiro e outubro, que representa a diferença entre contratações e demissões nas fábricas, é
cerca de 32% superior ao total de
vagas fechadas pela indústria paulista no mesmo período de 97, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Os dados divulgados ontem
mostram que, somente na última
semana de outubro, foram fechados cerca de 5.700 postos de trabalho -mais da metade do número
total do mês.
Na avaliação da diretora da
Fiesp, Clarice Seibel, essa concentração de demissões na última semana do mês pode ser um reflexo
da expectativa com o pacote fiscal
anunciado pelo governo.
Os empresários, segundo a dirigente, estariam esperando o anúncio do governo para então demitir.
A avaliação da Fiesp é que, se não
houver uma redução drástica das
taxas de juros, o nível de emprego
poderá cair ainda mais até o final
do ano, repetindo o comportamento de 97 após a crise asiática.
Desemprego
A indústria paulista não acredita
que a suspensão temporária do
contrato de trabalho, uma das medidas anunciadas pelo governo para tentar conter o desemprego, será suficiente para evitar demissões
em época de retração na produção.
A suspensão temporária do contrato de trabalho pode durar de
três a cinco meses e deve ser utilizada pelas empresas quando houver retração da demanda.
Nesse período, o trabalhador receberia um auxílio no valor do seguro-desemprego e passaria por
cursos de qualificação profissional. Após o fim da suspensão, o
funcionário volta a desempenhar
suas funções. Se a empresa optar
pela demissão, arcará com multa.
Segundo Clarice Seibel, da Fiesp,
cinco meses é um período insuficiente para ocorrer um reaquecimento da economia e as empresas
não vão adotar a suspensão para
depois ter que pagar a multa.
O governo definiu um patamar
mínimo para a penalidade, que é
de um salário do trabalhador.
Demissões
A IBM do Brasil divulgou anteontem comunicado a seus funcionários informando que irá redimensionar sua estrutura no país.
Segundo a empresa, essa reestruturação significará a demissão de
700 funcionários até o final de janeiro do próximo ano.
A empresa e sua subsidiária empregam 5.200 pessoas.
A IBM do Brasil afirma que, após
os cortes, vai contratar mais 400
funcionários com qualificações diferentes dos demitidos.
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