São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2000


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Sindicatos se opõem à privatização

da Reportagem Local

A abertura do mercado de petróleo está prevista em lei, mas isso não reduz a ação dos sindicatos e grupos políticos que se opõem à privatização da Petrobras e à venda de unidades de refino.
O "Financial Times" cita como elemento inibidor o "apego dos sindicatos e políticos a ativos físicos, como refinarias de petróleo".
Uma das frentes de resistência é a Aepet (Associação de Engenheiros da Petrobrás). Para o presidente, Fernando Siqueira, "a idéia do governo para privatizar a estatal é ir comendo pelas beiradas".
Ele vê na abertura do refino "um novo passo na constante progressão do processo de privatização". O lance maior será a venda de 31,72% das ações ordinárias da Petrobras (ações com direito a voto). Trata-se do excedente dos 51% que a União precisa para manter o controle.
Siqueira acha que a abertura à importação e exportação de petróleo e derivados poderá provocar ociosidade nas refinarias, aumentando os custos de produção e o desemprego no setor.
O parque de refino no Brasil é operado como se fosse uma única unidade, uma única refinaria. Na prática, um grande programa ("software"), no Rio de Janeiro, comanda todo o abastecimento nacional. A Petrobras decide qual é o melhor tipo de petróleo para ser processado em cada refinaria.
O petróleo pesado resulta em maiores volumes de óleos combustíveis e é uma matéria-prima que possibilita uso mais diversificado para a indústria química.
O que se teme é que as empresas privadas estabeleçam as prioridades de suas unidades (optando, por exemplo, por refinar preferencialmente o petróleo mais leve, que resulta em maior volume de gasolina, GLP e naftas).
O engenheiro Jaime Rotstein, presidente da Sondotécnica, entende que a Petrobras deve acelerar o processo de conversão das destilarias para o refino de petróleo pesado e estimular a implantação de novas refinarias aptas a processar esse tipo de petróleo, de menor custo. (FV)




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