|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sindicatos
se opõem à
privatização
da Reportagem Local
A abertura do mercado de petróleo está prevista em lei, mas isso não reduz a ação dos sindicatos
e grupos políticos que se opõem à
privatização da Petrobras e à venda de unidades de refino.
O "Financial Times" cita como
elemento inibidor o "apego dos
sindicatos e políticos a ativos físicos, como refinarias de petróleo".
Uma das frentes de resistência é
a Aepet (Associação de Engenheiros da Petrobrás). Para o presidente, Fernando Siqueira, "a idéia
do governo para privatizar a estatal é ir comendo pelas beiradas".
Ele vê na abertura do refino
"um novo passo na constante
progressão do processo de privatização". O lance maior será a
venda de 31,72% das ações ordinárias da Petrobras (ações com
direito a voto). Trata-se do excedente dos 51% que a União precisa para manter o controle.
Siqueira acha que a abertura à
importação e exportação de petróleo e derivados poderá provocar ociosidade nas refinarias, aumentando os custos de produção
e o desemprego no setor.
O parque de refino no Brasil é
operado como se fosse uma única
unidade, uma única refinaria. Na
prática, um grande programa
("software"), no Rio de Janeiro,
comanda todo o abastecimento
nacional. A Petrobras decide qual
é o melhor tipo de petróleo para
ser processado em cada refinaria.
O petróleo pesado resulta em
maiores volumes de óleos combustíveis e é uma matéria-prima
que possibilita uso mais diversificado para a indústria química.
O que se teme é que as empresas
privadas estabeleçam as prioridades de suas unidades (optando,
por exemplo, por refinar preferencialmente o petróleo mais leve, que resulta em maior volume
de gasolina, GLP e naftas).
O engenheiro Jaime Rotstein,
presidente da Sondotécnica, entende que a Petrobras deve acelerar o processo de conversão das
destilarias para o refino de petróleo pesado e estimular a implantação de novas refinarias aptas a
processar esse tipo de petróleo, de
menor custo.
(FV)
Texto Anterior: Texaco nega interesse e diz que setor está saturado no mundo Próximo Texto: Veículos: Montadoras precisam reduzir preços, diz estudo Índice
|