BONANÇA MOUTEIRA
FREE-LANCE PARA FOLHA

O desempenho ruim da economia e das Bolsas no ano passado fez a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, registrar o segundo ano seguido de resultado negativo.
O maior fundo de pensão do país encerrou o ano passado com déficit técnico de R$ 1,57 bilhão, inferior aos R$ 2,05 bilhões de 2001. O déficit acumulado soma R$ 3,62 bilhões.
Na contabilidade dos fundos de pensão, o déficit representa a diferença entre as despesas previstas com pagamento de benefícios e a arrecadação com as contribuições dos participantes.
Essa conta é chamada de cálculo atuarial e é apresentada em valores atuais, sendo revista periodicamente. Para o presidente da Previ, Sérgio Rosa, "o resultado ainda não é preocupante". Segundo ele, o déficit foi consequência de fatores externos e não de desequilíbrio nas contas.
O principal fator foi o péssimo desempenho da carteira de investimentos do fundo. A rentabilidade total da carteira ficou em 22,49%, muito aquém da meta determinada pelo estatuto, de IGP-DI mais 6% ao ano. Para atingir a meta, a rentabilidade deveria ter alcançado 34%. O IGP-DI também corrige os benefícios pagos pela Previ.
Rosa mencionou ainda uma questão contábil. Existem R$ 4,2 bilhões de recursos bloqueados na Justiça desde dezembro de 2000."Isso impede que os resultados de anos bons sejam usados para cobrir resultados de anos ruins", afirmou Rosa.
A Previ fechou o ano passado com ativos de R$ 43,46 bilhões - 15% a mais que no ano anterior.


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