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Governo dos
EUA diz que vai
apoiar empresa
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O subsecretário de Estado norte-americano para assuntos políticos, Marc Grossman, disse ontem que o governo dos Estados
Unidos deve dar apoio à AES nas
discussões que a empresa vem
travando com o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
"Nossa política é dar apoio às
empresas norte-americanas. Não
tenho a menor dúvida quanto a
isso", disse Grossman. Segundo
ele, o assunto ainda não chegou a
ser discutido em detalhes na esfera de seu departamento.
""Mas tenho certeza de que nossa embaixadora no Brasil, Donna
Hrinak, está cuidando dos nossos
interesses no país", disse Grossman em Washington.
As declarações foram dadas no
momento em que Donna Hrinak
reunia-se, em Brasília, com o presidente do BNDES, Carlos Lessa,
antes do encontro com o ministro
do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.
No encontro com Furlan, a embaixadora pediu que o governo
brasileiro que mantenha aberto o
diálogo com a AES, controladora
da Eletropaulo, para encontrar
uma solução para a crise financeira enfrentada pela empresa.
"A única coisa que eu pedi foi
que o diálogo continuasse", afirmou Hrinak. Segundo ela, o tema
principal das reuniões não foi o
caso da AES.
No mês passado, o secretário-adjunto de Comércio do EUA,
William Lash, esteve em Brasília
numa visita diplomática e defendeu os interesses da AES. Ele deixou claro que o governo norte-americano viria com maus olhos
a saída da empresa do Brasil.
Lash argumentou que os Estados e municípios deviam à empresa norte-americana cerca de
R$ 1,2 bilhão e afirmou que parte
dos problemas financeiros enfrentados pela distribuidora de
energia elétrica se devia à falta
desses pagamentos.
Com a Sucursal de Brasília
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