da Reportagem Local

A lei que reduz de 12% para 9% a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incidente sobre os veículos em São Paulo só vale para os carros produzidos no Brasil.
Essa foi a forma encontrada pelo Estado para garantir que a redução de impostos traga mais benefícios ao emprego no setor automotivo.
A lei, que foi sancionada ontem pelo governador de São Paulo, Mário Covas, vai reduzir ainda mais os preços dos carros, já menores devido ao acordo com o governo federal que reduziu a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Em troca da redução dos impostos sobre os carros, por 75 dias, as montadoras se comprometem a manter o nível de emprego nas fábricas por 90 dias.
No caso do IPI, entretanto, o governo federal ampliou o benefício também para os carros importados, alegando que diferenciar provocaria protestos internacionais.
Só com o IPI menor, fabricantes reduziram preços em até 12%. Com o corte do ICMS, a redução chega a 16%, segundo as revendas.
A lei sancionada ontem beneficia todos os veículos vendidos em São Paulo, mesmo os produzidos em outros Estados, como os da Renault e os da Fiat.
Nesses casos, a concessionária fica com um crédito do ICMS com o Estado de São Paulo porque continua comprando veículos com alíquota de 12%.
No começo da noite de ontem, a GM divulgou a nova tabela de preços com o ICMS menor, válida a partir de segunda-feira. A redução oscilava em torno de 4,6%.
Com o acordo de redução do IPI, que passou a vigorar em 4 deste mês, as vendas de carros das montadoras para as revendas cresceram 60% nos dez primeiros dias de março em comparação com fevereiro, totalizando 44.472 unidades.
No varejo, as vendas cresceram cerca de 10%, chegando a 22.580 unidades. As montadoras já avaliam que as vendas em 99 aumentarão 24% em relação ao previsto, para 1,37 milhão. (ME)

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