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MERCADO FINANCEIRO
Dólar se fortalece 0,52% e Bolsa cai 1,27%
da Reportagem Local
O dólar teve ontem, pelo segundo dia consecutivo, alta contra o
real. Fechou a R$ 1,92, com valorização de 0,52%. Na semana, o dólar acumula queda de 3,27% em
suas cotações; no ano, aumento de
58,94%.
A procura maior pelo dólar ontem foi resultado do vencimento
de cerca de R$ 2,4 bilhões de
NBC-Es, Notas do Banco Central
da série E, títulos da dívida pública
com variação pelo dólar.
O dinheiro voltou ao mercado e
parte dele foi destinado à compra
de dólar nos mercados à vista e futuro, pressionando as cotações.
O Banco Central tentou leiloar
ontem NBC-Es de vencimento em
8 de junho para reduzir a pressão.
Mas, com as incertezas no mercado de câmbio, os investidores não
se interessaram pelos papéis de
prazo mais longo e pediram juros
que o BC não aceitou pagar.
No final, o BC acabou vendendo
apenas R$ 319,3 milhões dos R$
900 milhões de NBC-Es que levou
a leilão. Aceitou pagar juros máximos de 32% ao ano mais câmbio e
médios de 29,68%, maiores que os
26% e 24,24% pagos anteontem
pelo mesmo papel.
O BC também atuou no mercado à vista e vendeu dólares, mas
em volume insuficiente para conter a alta das cotações. O BC quer
guardar seu poder de fogo -US$
8 bilhões que pode gastar no câmbio até junho- para momentos
de maior tensão.
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve mais um dia de altos e baixos.
Terminou em queda de 1,27%,
com os investidores aproveitando
para vender suas ações e embolsar
os ganhos com as altas anteriores.
Na semana, a Bolsa acumula altas
de 1,15% em reais e de 4,68% em
dólar.
No ano, a valorização acumulada da Bolsa é de 41,13% em reais.
Em dólares, a Bolsa registra perda
de 11,21% em 99.
O grande destaque do mercado,
ontem, foi novamente a ação ON
(com direito a voto) da Petrobrás,
que poderá ser comprada pelos estrangeiros a partir da semana que
vem. Foi a quarta mais negociada
e teve alta de 6,63% em suas cotações, contra queda de 0,48% da
Petrobrás PN (sem direito a voto).
A Lightpar ON, que subiu mais
de 74,7% anteontem, teve suas negociações suspensas pela Bolsa,
que pediu maiores esclarecimentos ao mercado sobre sua participação em joint venture.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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