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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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Cooperativas respondem por 1,5% do crédito

DA REPORTAGEM LOCAL

As cooperativas de crédito representam apenas 1,5% das operações de crédito de todas as instituições financeiras do país. Mas estão ganhando espaço porque cobram juros que chegam a quase um terço dos cobrados pelos bancos e financeiras. Em fevereiro deste ano, o Banco Central contabilizou 1.451 cooperativas de crédito no país, 21 a mais do que no final de 2002 e 76 a mais do que no final de 2001.
"Como as cooperativas de crédito têm menos estrutura e, portanto, operam com custos mais baixos, elas podem emprestar com juros menores. Esse é um sistema espetacular, desde que seja bem estruturado", diz Oswaldo Watanabe, do BC.
Fernando Coelho, da ABM Consulting, diz que, com o crescimento das cooperativas de crédito, é preciso profissionalizar a gestão.
A expectativa da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo é que o número de cooperativas deva crescer cerca de 8% neste ano em relação a 2002, quando o Estado tinha 206 dessas instituições. Esse crescimento está baseado no fato de que o governo petista quer incentivar o cooperativismo no Brasil e porque o governo autorizou a formação de cooperativas de crédito entre microempresários.
O cooperativismo surgiu em 1844, quando 28 tecelões da Inglaterra criaram uma associação que, mais tarde, foi chamada de cooperativa. Três anos mais tarde surgiram na Alemanha as cooperativas de crédito, junto aos produtores rurais. No Brasil, a cooperativa de crédito começou no Rio Grande do Sul, em 1902, com o padre jesuíta Theodor Amstadt, que adaptou o modelo alemão para o país. No final dos anos 20, também chegou ao Brasil o modelo de cooperativa de crédito desenvolvido pelo italiano Luigi Luzzati. Nesse sistema, exigia-se um pequeno capital para a admissão do cooperado.
(CR e FF)

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