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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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Banco utiliza "barbeira" para vender seguro

DA REPORTAGEM LOCAL

A cena poderia ser imaginada com duas mulheres ouvindo música, em um carro. "Você já ouviu [essa música"? Eu conheço a coreografia", diz uma delas à outra. Assim, durante o percurso, elas fazem uma coreografia seguindo a canção.
"Mãos para cima, mãos para baixo, uh!", repetem, enquanto dão risadas.
De repente, os risos dão lugar ao som de um carro derrapando e um acidente de automóvel.
Em seguida, entra um homem dizendo: "Há muitas mulheres dirigindo hoje. Garanta aquilo que mais lhe é mais importante. Faça seguro".
Elaborada no México pela agência FCB Worldwide, a campanha foi veiculada nas rádios. Na última semana, acabou premiada com a medalha de prata em uma das categorias do prêmio Fiap (evento ibero-americano do setor publicitário).
Foi elaborada para o banco Banorte. Mas não representa uma tendência no mercado, principalmente no brasileiro.
"Tratar dessa forma um segmento de mercado é uma bobagem. Pode ser que em alguns mercados isso dê resultado, mas sou contra", afirma Luiz Lara, presidente da Lew Lara.
"A mulher já é quem toma a decisão de compra na maioria dos lares brasileiros e, se não decide, influencia muito", diz Lara. A agência faz a campanha de empresas como Lojas Pernambucanas e banco Real.

Antigas
No Brasil, entre as mais polêmicas estão as campanhas antigas da Duloren. Um exemplo é a batizada com o slogan: "No Dia das Mães, ganhe um espremedor de presente", em que um homem nu aparece empurrando uma mulher contra a parede.
Campanhas da marca italiana de roupas Benetton também são lembradas pelos publicitários quando o assunto é a polêmica que causam.
Uma das mais famosas mostrava a cena real de um portador do vírus da Aids no leito de morte cercado pelos familiares.


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