CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O número de lojas de conveniência -minimercados instalados em postos de abastecimento- no Brasil cresceu 79,3% no período de 1998 a 2002, passando de 1.538 para 2.758 estabelecimentos desse tipo.
No mesmo período, o faturamento dessas lojas aumentou 65%, passando de R$ 530,9 milhões para R$ 875,5 milhões, total que representava apenas 1,71% do faturamento geral dos postos no ano (R$ 51 bilhões).
A parcela de lojas em relação ao total de postos saltou de 5,5% para 9,9% no período analisado. Havia no final do ano passado 28 mil postos de combustíveis no Brasil.
Os dados constam do primeiro anuário do setor -Conveniência 2003- que será lançado esta semana pelo Sindicom (Sindicato Nacional das Distribuidoras e Combustíveis), durante a feira Expo Postos & Conveniência 2003. A exposição acontece de hoje até quinta-feira, no Riocentro (zona oeste do Rio).

Início
Os números do anuário mostram que a atividade só deslanchou no país a partir de 1997. A primeira loja de conveniência foi aberta pela Shell em 1987.
No final de 1991, o total não passava de 33. No décimo ano (1996), o total de lojas era de apenas 340. O número saltou para 801 em 1997 e para 1.538 no ano seguinte.
As projeções do Sindicom estimam que durante este ano serão abertas 440 novas lojas de conveniência, elevando o total para 3.198. A consultoria Wise, responsável pela maior parte dos dados que constam do anuário, avalia que em 2010 haverá 5.220 lojas de conveniência no país.

Concentração
A região Sudeste concentra quase a metade do total de lojas do país. No ano passado, elas somavam 1.313 nos quatro Estados da região (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), correspondentes a 47,6% do total. Mas a concentração vem se reduzindo. Em 1997 o Sudeste concentrava 72% das lojas.
A região Sul possuía no ano passado 829 lojas de conveniência, o que corresponde a 30,1% do total Em 1997, a região possuía 12% do total de estabelecimentos do tipo. No Nordeste, o total de lojas era de 346 em 2002, correspondentes a 12,6% do total, contra uma participação de 9% em 1997.
No Centro-Oeste a participação no ano passado era de 7,4%, com 205 lojas, contra 5% cinco anos antes. E na região Norte, as 64 lojas existentes no ano passado representavam 2,3% do total, praticamente a mesma parcela de 1997, quando era de 2%.

Bandeiras
Quase a terça parte das lojas existentes no ano passado estava instalada em postos sem bandeira. Essa rede era representada por 882 unidades, ou 32% do total. Entre as grandes redes de postos, a BR detinha em 2002 um total de 581 lojas de conveniência, 21% do total. Em segundo lugar vinha a Ipiranga, com 423 lojas, o equivalente a 15,3% do total.


Texto Anterior: Agronegócio: Chuvas ameaçam safra de soja em MT
Próximo Texto: Entrevista: Política industrial de Lula sai até agosto
Índice