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Minas viram atração
turística na África
CLÁUDIA PIRES
enviada especial à África do Sul
Turismo pode gerar mais dinheiro do que ouro em algumas minas
da África do Sul.
O aumento do número de turistas que procuram o país para visitar minas de ouro e a queda do preço do metal no mercado internacional favoreceram o turismo na
região.
Hoje, minas desativadas que datam, muitas vezes, do início deste
século, continuam rendendo um
bom dinheiro aos proprietários
devido aos milhares de visitantes
que passam pelo local.
Produção
Mas o país ainda produz muito
ouro. A África do Sul é o maior
produtor de ouro do mundo, responsável por 30% do ouro disponível no mercado mundial atualmente.
A produção anual atingiu 600 toneladas no ano passado e é praticamente toda exportada. Mais de 80
países no mundo compram o ouro
sul-africano.
As minas sul-africanas estão espalhadas por mais de 500 quilômetros do território.
Já as minas utilizadas para a visitação turística, ao contrário do que
se possa pensar, não foram desativadas por falta de reservas.
Nesses locais, como explicam os
guias da região, o valor do ouro no
mercado não compensa os gastos
para sua retirada da mina.
Isso significa que o custo operacional para retirar ouro da mina
-manutenção de energia elétrica,
água, segurança, pagamento de
mineiros, entre outros- ficou
mais alto que o valor do produto
no mercado internacional. Esse
aumento de custo acontece, principalmente, com as minas muito
profundas.
Em algumas minas de ouro do
país, a profundidade pode ultrapassar os 2.000 metros.
Um dos melhores exemplos é a
mina de Gold Reef City, que fica
em Johannesburgo.
Ao redor da antiga mina, que
tem quase 3.000 metros de profundidade e foi desativada há mais de
20 anos, foi construído um verdadeiro parque de diversões, com
complexo de lojas e restaurantes.
Cláudia Pires viajou a convite da South African
Airways
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