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MEMÓRIA
Lembrança é da viúva de antigo mineiro
Cidade teve auge
com a Saint George
da Reportagem Local
A mina de ouro de Araçariguama trouxe o pouco de riqueza
que a cidade conseguiu juntar
desde sua fundação, em 1653.
Nas décadas de 20 e 30, segundo Marcelina de Oliveira Incau,
80, a Saint George era a única
fonte de riqueza da cidade.
Em torno da mina giravam as
demais atividades econômicas,
que se resumiam praticamente
ao comércio de alimentos e roupas.
``Não fosse a mina de ouro, a
cidade não teria nada hoje em
dia'', disse Marcelina Incau.
Ela é viúva de Maurício Incau,
morto há 14 anos, que durante o
período de atividade da Saint
George foi o responsável pela mina de Araçariguama.
Segundo Marcelina, nem tudo
são boas lembranças desse tempo. Ela diz, por exemplo, que alguns trabalhadores da mina tiveram mais tarde problemas de
saúde em virtude das condições
precárias de trabalho.
``Muita gente morreu de tuberculose por trabalhar na mina'', diz ela, que afirma que o seu
marido foi um dos que tiveram
problemas de saúde por trabalhar com a mineração.
Equipe
Durante os anos em que a mina
teve maior atividade, trabalhavam ali cerca de 50 pessoas, de
acordo com Marcelina.
Uma das poucas recordações
que ela possui da mina nessa
época é um relatório das atividades da mina.
Nesse relatório, constam 26
nomes de funcionários que trabalham nas diferentes atividades
da mina, com uma jornada diária de oito horas de trabalho.
Marcelina lembra ainda de um
outro fato marcante dessa época.
``Vinha muito estrangeiro visitar a mina e aqui só tinha caipira'', relembra.
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