da Reportagem Local


``Minha candidatura à presidência da Fiesp é irreversível e irei às últimas consequências'', diz Joseph Couri.
Presidir a federação das indústrias é um projeto antigo de Joseph Couri, um empresário que rompeu várias barreiras para ser admitido -junto com seu sindicato- na principal entidade da indústria paulista.
A despeito das restrições feitas por industriais mais conservadores, o trabalho desenvolvido por Couri junto a pequenos e micros industriais frutificou.
Liderança
Com indiscutível liderança nesse segmento, foi decisivo o seu apoio a Moreira Ferreira na primeira eleição do atual presidente. Hoje, o dirigente do Simpi diz que conta com o apoio da ``esmagadora maioria das delegacias do Ciesp''.
``São apoios formais, por escrito'', diz. Segundo ele, o nível de comprometimento em torno de sua candidatura não lhe permitirá fazer composições.
``Tenho documento registrado em cartório dizendo que não participarei de qualquer chapa em que não esteja na cabeça'', diz. ``Ou saio na cabeça, ou vamos bater de testa'', diz Couri.
Disputa anunciada
Couri entende que a estratégia de Moreira Ferreira era ``quanto mais para a frente jogar o assunto, melhor''.
A reunião no Sesi de Vila Leopoldina foi vista como uma reação do ``establishment'' à desenvolta articulação do representante das micros e pequenas indústrias.
Couri confirma que o presidente da Fiesp o havia informado previamente do encontro de sexta-feira.
``Da nossa parte, Moreira Ferreira tem de ser o presidente até o último dia'', diz. ``Mas isso não impede que nós visitemos todas as delegacias do Ciesp''.
``Quando Moreira Ferreira colocou meu nome como vice-presidente do Ciesp, há três anos, eu disse que seria candidato'', diz.
Segundo o presidente do Simpi, Moreira Ferreira teria lhe prometido que, se Couri viabilizasse essa candidatura, seria o nome da situação para sucedê-lo.
(FREDERICO VASCONCELOS)

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