|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RACIONAMENTO
Clientes de instituições financeiras podem não ser avisados de que agência será fechada por causa do blecaute
Apagões ameaçam água, banco e metrô
DA REPORTAGEM LOCAL
Os apagões deverão infernizar o
cotidiano das pessoas a partir do
próximo dia 1º de junho.
Além da falta de luz, os consumidores terão de conviver com a
falta d'água, problemas de transporte com o metrô e com dificuldades para utilizar os serviços
bancários, entre vários outros
transtornos.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo) informou que, se a falta de energia atingir as estações de
tratamento e as elevatórias- que
dependem de eletricidade para
funcionar-, o fornecimento de
água para a cidade ficará interrompido por horas, durante os
apagões e depois deles.
De acordo com a Sabesp, tanto
as estações quanto as elevatórias
têm um prazo de recuperação
muito longo quando param de
funcionar.
No caso de o racionamento
atingir apenas as estações de
bombeamento, o fornecimento
de água poderá ser restabelecido
assim que a energia voltar.
Metrô
O metrô é alimentado por circuitos prioritários que possibilitam que, em algumas circunstâncias, os trens funcionem mesmo
que o bairro esteja sem energia.
Os circuitos, no entanto, não
são imunes aos apagões e os trens
podem parar por falta de eletricidade. Nesse caso, as pessoas serão
retiradas dos vagões pelas equipes
de emergência.
Em dias de apagão, a CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) irá fechar alguns dos
principais cruzamentos de São
Paulo com cavaletes para manter
o trânsito fluindo nas avenidas.
Equipes de agentes de trânsito
-os marronzinhos- devem ser
colocadas em pontos estratégicos
para auxiliar na sinalização.
Bancos
Os bancos se preparam para o
apagão. Há um conjunto de medidas que deve ser implementado
em junho, segundo informaram
diretores de instituições à Folha.
Há uma preocupação redobrada
com as questões de segurança.
Estuda-se, entre as áreas de infra-estrutura dos bancos, a hipótese de não avisar os clientes que
determinada agência ficará fechada por causa da falta de luz. O temor é que, com o comunicado, as
agências se transformem em chamariz de ladrões.
"Melhor deixar o cliente sem
serviço do que arriscar a segurança dele e a do banco", disse Pedro
Paulo Longuini, diretor administrativo e de controle financeiro do
banco Real, a quinta maior instituição financeira privada do país.
Também há grande possibilidade de algumas agências bancárias,
desprovidas de geradores, usarem geradores móveis, que poderão ser deslocados de um posto
para outro durante o período de
falta de energia.
"Se os cortes acontecerem em
alguma de nossas agências na região sul de São Paulo, levaremos o
gerador do centro, por exemplo,
para lá", afirmou Aldos Galeti, diretor de relações institucionais do
Itaú.
Já está certo que todos os caixas
eletrônicos ficarão desligados nas
regiões com falta de luz.
As portas dos caixas podem ficar travadas para evitar o roubo
das máquinas de auto-atendimento. Isso só não ocorrerá com
os postos que recebem energia do
gerador da agência mais próxima,
informou a TecBan, administradora do sistema de banco 24 horas.
As agências localizadas dentro
de shoppings e de postos de gasolina também não devem ficar no
escuro, pois utilizam a energia
produzida pelo gerador existente
nesses locais.
Texto Anterior: Combate ao apagão exige corte no Orçamento Próximo Texto: Blecaute pode causar demissão em restaurante Índice
|