São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2005

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Funcionários decidem parar 66 aeroportos

DA REPORTAGEM LOCAL

Haverá paralisação nos 66 aeroportos controlados pela Infraero no país na segunda-feira e na terça-feira da semana que vem. A decisão foi tomada em assembléias dos trabalhadores aeroportuários.
Apenas 30% do controle de tráfego será mantido nesses aeroportos, segundo José de Alencar Sobrinho, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários. Isso deve atrasar os pousos e as decolagens durante os dias da greve.
Os trabalhadores pedem o cumprimento de cláusulas de sua convenção coletiva e o abandono definitivo da idéia de transformar a Infraero, hoje empresa pública em sociedade de economia mista (aberta ao capital privado) pelo governo.
Nesses mesmos dias, devem ocorrer, em Brasília, manifestações que contam com o apoio de aeronautas (pilotos, co-pilotos e comissários de vôo) e aeroviários (funcionários de companhias do setor aéreo que trabalham em terra). Essas categorias não farão greve.
O objetivo é pedir mais atenção do governo ao setor aéreo e exigir o cumprimento das 18 resoluções aprovadas por sete ministros em outubro de 2003.
As resoluções dispõem sobre a desoneração do setor, buscam impedir a concorrência predatória e a guerra tarifária, pedem políticas de competitividade para o preço do combustível e prevêem a criação de um fundo para garantir o transporte aéreo regional.
"Pedimos que o governo implante as resoluções com as quais já se comprometeu", declarou Gaziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
Entre os aeroportuários, até ontem, havia a confirmação de que partiriam, em direção a Brasília, delegações de Belém, Salvador, Ilhéus, Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Os trabalhadores chegam à capital federal no próximo domingo.


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