São Paulo, Quinta-feira, 13 de Maio de 1999
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Summers tem o estilo 'trator'

de Washington

O futuro chefe do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, 44 anos, difere basicamente do atual secretário, Robert Rubin, em dois aspectos.
Ao contrário de Rubin, Summers não construiu sua carreira no mercado, mas na academia. Formado pelo prestigioso MIT (Massachusetts Institute of Technology), Summers tornou-se aos 28 anos o mais novo professor de Harvard. Foi por dois anos economista-chefe do Bird (Banco Mundial) antes de ingressar no Tesouro, em 1993.
Além do background diferente, seu estilo pessoal não é tão "gentil", delicado ou sutil quanto o de Rubin: Summers é um trator.
Em novembro passado, Rubin e Summers haviam expressado o sentimento geral dos mercados e sugeriram a desvalorização do real ao ministro Malan, que a rejeitou. O governo brasileiro convenceu-os de que a política cambial era viável.
Em janeiro, o Brasil não só desvalorizou o real, contrariando suas próprias promessas, como também deixou de informar previamente a medida aos EUA, que se sentiram traídos. Na ocasião, Rubin manteve a calma. Summers, que participava da Conferência de Davos, na Suíça, disse para investidores que a equipe econômica brasileira, chefiada por Malan e por Francisco Lopes, "não era séria" nem "profissional".


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