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Summers tem o estilo 'trator'
de Washington
O futuro chefe do Tesouro
dos EUA, Lawrence Summers, 44 anos, difere basicamente do atual secretário,
Robert Rubin, em dois aspectos.
Ao contrário de Rubin,
Summers não construiu sua
carreira no mercado, mas
na academia. Formado pelo
prestigioso MIT (Massachusetts Institute of Technology), Summers tornou-se aos 28 anos o mais novo
professor de Harvard. Foi
por dois anos economista-chefe do Bird (Banco Mundial) antes de ingressar no
Tesouro, em 1993.
Além do background diferente, seu estilo pessoal
não é tão "gentil", delicado
ou sutil quanto o de Rubin:
Summers é um trator.
Em novembro passado,
Rubin e Summers haviam
expressado o sentimento
geral dos mercados e sugeriram a desvalorização do
real ao ministro Malan, que
a rejeitou. O governo brasileiro convenceu-os de que a
política cambial era viável.
Em janeiro, o Brasil não
só desvalorizou o real, contrariando suas próprias
promessas, como também
deixou de informar previamente a medida aos EUA,
que se sentiram traídos. Na
ocasião, Rubin manteve a
calma. Summers, que participava da Conferência de
Davos, na Suíça, disse para
investidores que a equipe
econômica brasileira, chefiada por Malan e por Francisco Lopes, "não era séria"
nem "profissional".
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