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CRISE SOCIAL
Prefeitura santista vai criar frentes de trabalho emergencial para tentar amenizar o desemprego na região
Santos prepara 1.500 vagas de emprego
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
A Prefeitura de Santos (litoral de
São Paulo) pretende abrir até a
próxima semana inscrições para
um programa de frente de trabalho
que oferecerá 1.500 vagas para desempregados que executarão serviços públicos.
Segundo levantamento concluído em novembro do ano passado
pelo Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Unisanta
(Universidade Santa Cecília),
22,1% da população economicamente ativa de Santos está desempregada, o que equivale a quase 57
mil pessoas.
Os trabalhadores selecionados
para atuar por oito horas diárias na
frente de trabalho da prefeitura
santista vão ganhar um salário mínimo (R$ 136) por mês por um
contrato de seis meses, renovável
por outros seis.
Das 1.500 vagas, 300 serão para
agentes de quarteirão, que atuarão
no combate à dengue em áreas
próximas ao local onde moram. Os
demais trabalharão em serviços de
manutenção de prédios públicos,
pintura de guias e sarjetas e reurbanização de praças e ruas.
Seleção
O secretário municipal de Governo e Projetos Estratégicos, Carlos
Eduardo Adegas, afirmou que as
inscrições ainda não foram abertas
porque não estão totalmente definidos os critérios de seleção.
Segundo ele, somente serão aceitos candidatos que comprovem
morar em Santos há pelo menos
dois anos, que estejam desempregados há pelo menos um ano e tenham cursado, no máximo, a oitava série do primeiro grau.
""Queremos pegar justamente a
pessoa mais desqualificada, que
está fora do mercado de trabalho
porque está perdendo lugar para
quem tem qualificação", declarou
o secretário municipal.
A prefeitura vai gastar pelo menos R$ 204 mil por mês com o programa. Segundo Adegas, esses recursos virão das verbas repassadas
pelo Ministério da Saúde para
combate à dengue e de dotação específica do orçamento municipal
para contratação de pessoal.
Contratação
A forma de contratação ainda
não está definida, mas deverá
ocorrer por meio da administração direta, com a concessão de bolsas-emprego. Com isso, o custo
básico do programa será o da remuneração, sem o recolhimento
de encargos sociais.
Deverá ser feito um seguro para
os trabalhadores durante o período de vigência do contrato.
De acordo com o secretário, está
em estudos a destinação de parte
das vagas para adolescentes entre
16 e 18 anos e para adultos com
mais de 40 anos.
A meta da prefeitura é concluir a
seleção e ter os 1.500 contratados
trabalhando em até 30 dias.
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