São Paulo, sábado, 13 de junho de 1998

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Japão provoca novas quedas em Bolsas da Ásia e da Europa

das agências internacionais

A crise no Japão repercutiu mais uma vez ontem junto aos demais mercados asiáticos. A maioria das Bolsas e moedas da região fechou o dia em queda.
O maior recuo foi registrado na Bolsa de Seul (Coréia do Sul). O principal índice do mercado acionário caiu 8,1% e chegou ao seu nível mais baixo em 11 anos.
Investidores dizem que a queda do iene, a moeda japonesa, está afetando as exportações do país.
"O iene está matando a Ásia", disse ontem Lee Jae Yuel, gerente de fundos da corretora sul-coreana Seoul Securities. "Investidores estão vendendo o máximo de ações que podem".
Com o iene enfraquecido, carros e produtos eletrônicos japoneses se tornam mais baratos e concorrem com vantagem sobre os produzidos pela Coréia. A queda do iene pressiona o won, a moeda sul-coreana.
"Nossos clientes estrangeiros querem uma redução de 20% nos preços, como fizeram as companhias japonesas", disse Kang Nae Seung, da divisão comercial da Sam Hwa Electronics.
A crise na Coréia levou o país no ano passado a pedir ajuda ao FMI (Fundo Monetário Internacional). O socorro financeiro é de cerca de US$ 57 bilhões.
Outras Bolsas asiáticas registraram quedas ontem, influenciadas pela recessão japonesa.
No mercado acionário de Kuala Lumpur, na Malásia, houve queda de 2,20%. O ringgit, a moeda local, sofreu desvalorização de 0,50% em relação ao dólar. "É o medo da recessão", disse Chong Sui San, do Pacific Mutual Fund.
As ações em Bancoc, na Tailândia, caíram 1,8%. O baht tailandês teve queda de 0,85% em relação ao dólar. Na Bolsa de Jacarta, na Indonésia, o principal índice fechou com recuo de 0,8% ao final do pregão. A rupia caiu 2,90% em relação ao dólar.
As Bolsas da Europa seguiram a mesma tendência e voltaram a cair ontem. Houve recuos expressivos em Londres, 1,41%, Paris, 2,19%, Milão, 2,75%, Madri, 2,07%, e Frankfurt, 2,26%.



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