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Japão provoca novas quedas
em Bolsas da Ásia e da Europa
das agências internacionais
A crise no Japão repercutiu mais
uma vez ontem junto aos demais
mercados asiáticos. A maioria das
Bolsas e moedas da região fechou
o dia em queda.
O maior recuo foi registrado na
Bolsa de Seul (Coréia do Sul). O
principal índice do mercado acionário caiu 8,1% e chegou ao seu
nível mais baixo em 11 anos.
Investidores dizem que a queda
do iene, a moeda japonesa, está
afetando as exportações do país.
"O iene está matando a Ásia",
disse ontem Lee Jae Yuel, gerente
de fundos da corretora sul-coreana Seoul Securities. "Investidores
estão vendendo o máximo de
ações que podem".
Com o iene enfraquecido, carros
e produtos eletrônicos japoneses
se tornam mais baratos e concorrem com vantagem sobre os produzidos pela Coréia. A queda do
iene pressiona o won, a moeda
sul-coreana.
"Nossos clientes estrangeiros
querem uma redução de 20% nos
preços, como fizeram as companhias japonesas", disse Kang Nae
Seung, da divisão comercial da
Sam Hwa Electronics.
A crise na Coréia levou o país no
ano passado a pedir ajuda ao FMI
(Fundo Monetário Internacional).
O socorro financeiro é de cerca de
US$ 57 bilhões.
Outras Bolsas asiáticas registraram quedas ontem, influenciadas
pela recessão japonesa.
No mercado acionário de Kuala
Lumpur, na Malásia, houve queda
de 2,20%. O ringgit, a moeda local,
sofreu desvalorização de 0,50%
em relação ao dólar. "É o medo da
recessão", disse Chong Sui San,
do Pacific Mutual Fund.
As ações em Bancoc, na Tailândia, caíram 1,8%. O baht tailandês
teve queda de 0,85% em relação ao
dólar. Na Bolsa de Jacarta, na Indonésia, o principal índice fechou
com recuo de 0,8% ao final do pregão. A rupia caiu 2,90% em relação ao dólar.
As Bolsas da Europa seguiram a
mesma tendência e voltaram a cair
ontem. Houve recuos expressivos
em Londres, 1,41%, Paris, 2,19%,
Milão, 2,75%, Madri, 2,07%, e
Frankfurt, 2,26%.
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