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MERCADO FINANCEIRO
Nova York segura e Bolsa de SP cai 2,87%
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo caiu
ontem 2,87%, depois de ter ficado
fechada devido a feriado na quinta-feira, quando os mercados de ações despencaram no mundo todo.
A queda de ontem na Bolsa foi semelhante à desvalorização de 3%,
anteontem, do papel da Telebrás
negociado em Wall Street (ADR).
Segundo analistas, a Bolsa brasileira caiu ontem o que teria caído
anteontem caso tivesse pregão.
Descontando esse efeito, fechou
estável ontem, assim como a Bolsa
de Valores de Nova York.
Após a queda inicial, a Bolsa
paulista acompanhou as oscilações do Dow Jones, que abriu em
pequena alta, caiu, subiu, caiu para 8.835 pontos (queda de 1,4%), o
recorde de baixa em três meses, e
terminou o dia com alta de 0,26%.
Quando a Bolsa em Nova York
chegou aos patamares mais baixos, a Bolsa de São Paulo chegou a
cair 5,65%.
Segundo analistas, as altas e baixas em Nova York ontem mostram a falta de tendência clara no
mercado, confuso diante da desvalorização do iene contra o dólar.
No acumulado do mês, a Bolsa
de São Paulo está com queda de
2,7% e do ano, de 6%. O volume
negociado ontem, de R$ 579,9 milhões, foi considerado razoável
devido à proximidade do feriado.
Os boatos sobre pesquisas eleitorais com mais intenções de voto
para Luiz Inácio Lula da Silva do
que para o presidente Fernando
Henrique Cardoso contribuíram
para deixar o mercado mais nervoso, dizem os analistas.
Os juros e dólar nos mercados
futuros também acompanharam a
referência de Nova York. No fechamento, os contratos futuros
para vencimento em setembro
projetavam taxas de juros de
25,92% ao ano, contra 25,47% na
quarta-feira.
Os contratos para vencimento
em setembro passaram a projetar
uma desvalorização maior do real,
de 1,13% em um mês, contra
1,09% na quarta-feira.
No mercado à vista, o dólar comercial fechou a R$ 1,1544 para
venda, acima do piso da minibanda, a faixa informal de variação do
dólar, de R$ 1,1535. Mas o dólar
teve desvalorização contra quarta-feira, quando foi cotado a R$
1,1546.
O Banco Central interveio no
mercado à vista de juros (over) e
tomou dinheiro a taxas de juros de
21,10% ao ano.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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