São Paulo, sábado, 13 de junho de 1998

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MERCADO FINANCEIRO
Nova York segura e Bolsa de SP cai 2,87%

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo caiu ontem 2,87%, depois de ter ficado fechada devido a feriado na quinta-feira, quando os mercados de ações despencaram no mundo todo.
A queda de ontem na Bolsa foi semelhante à desvalorização de 3%, anteontem, do papel da Telebrás negociado em Wall Street (ADR). Segundo analistas, a Bolsa brasileira caiu ontem o que teria caído anteontem caso tivesse pregão. Descontando esse efeito, fechou estável ontem, assim como a Bolsa de Valores de Nova York.
Após a queda inicial, a Bolsa paulista acompanhou as oscilações do Dow Jones, que abriu em pequena alta, caiu, subiu, caiu para 8.835 pontos (queda de 1,4%), o recorde de baixa em três meses, e terminou o dia com alta de 0,26%. Quando a Bolsa em Nova York chegou aos patamares mais baixos, a Bolsa de São Paulo chegou a cair 5,65%.
Segundo analistas, as altas e baixas em Nova York ontem mostram a falta de tendência clara no mercado, confuso diante da desvalorização do iene contra o dólar.
No acumulado do mês, a Bolsa de São Paulo está com queda de 2,7% e do ano, de 6%. O volume negociado ontem, de R$ 579,9 milhões, foi considerado razoável devido à proximidade do feriado.
Os boatos sobre pesquisas eleitorais com mais intenções de voto para Luiz Inácio Lula da Silva do que para o presidente Fernando Henrique Cardoso contribuíram para deixar o mercado mais nervoso, dizem os analistas.
Os juros e dólar nos mercados futuros também acompanharam a referência de Nova York. No fechamento, os contratos futuros para vencimento em setembro projetavam taxas de juros de 25,92% ao ano, contra 25,47% na quarta-feira.
Os contratos para vencimento em setembro passaram a projetar uma desvalorização maior do real, de 1,13% em um mês, contra 1,09% na quarta-feira.
No mercado à vista, o dólar comercial fechou a R$ 1,1544 para venda, acima do piso da minibanda, a faixa informal de variação do dólar, de R$ 1,1535. Mas o dólar teve desvalorização contra quarta-feira, quando foi cotado a R$ 1,1546.
O Banco Central interveio no mercado à vista de juros (over) e tomou dinheiro a taxas de juros de 21,10% ao ano.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)



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