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Cinco meses depois, apenas 14% do pacote de estímulo foi gasto
DE NOVA YORK
Cinco meses após a aprovação do pacote de estímulo fiscal
de US$ 787 bilhões nos EUA,
apenas 14% (US$ 110,3 bilhões)
foram gastos até agora, segundo dados compilados pela
agência Moody's.
Para o governo dos EUA, o
valor já comprometido é maior,
de US$ 158 bilhões (20%), mas
há o reconhecimento que menos de dois terços foram efetivamente gastos. Mesmo entre
os parlamentares democratas
há pressões por novas ações estatais. Especialmente pelo fato
de 2010 ser ano de eleições, em
que os republicanos devem explorar os efeitos da crise para
tentar, pelo menos, retomar a
maioria no Senado.
No fim de semana, o presidente Barack Obama usou seu
programa semanal de rádio para afastar, ao menos por enquanto, a necessidade de novos
gastos estatais. Para o presidente, o dinheiro aprovado é
suficiente e começará a surtir
efeito em breve.
Mas, em Estados nos quais a
taxa de desemprego é maior do
que a média nacional, como em
Ohio, onde já supera os 10%
(ante 9,5% no país), já são registradas quedas significativas na
popularidade de Obama.
Pesquisa conduzida pela
Universidade de Quinnipiac
em Ohio revelou redução de 11
pontos percentuais (para 46%)
no total dos que aprovam a maneira como o presidente vem
conduzindo a economia.
"O péssimo resultado do emprego em junho deixou claro
que o estímulo foi, de fato, muito pequeno", escreveu na sexta
o mais recente Prêmio Nobel
de Economia, Paul Krugman.
Na semana passada, o secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, Timothy Geithner,
viu-se obrigado a defender o
pacote -uma resposta às pressões de congressistas por mais
gastos. Geithner afirmou que
boa parte do dinheiro irá para
as ruas neste semestre.
De fato, há uma aceleração.
Só em junho foram desembolsados US$ 58,8 bilhões, mais da
metade dos valores de fevereiro
a maio somados. Os principais
desafios, porém, continuam
sendo a criação de empregos e
fazer o dinheiro chegar ao destino.
(FCZ)
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