São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 2002

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Banco desaconselha papéis da dívida dp país

DA REPORTAGEM LOCAL

A dívida soberana do governo brasileiro continua sendo alvo de rebaixamentos por instituições internacionais, apesar do acordo de US$ 30 bilhões firmado na semana passada com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Ontem, foi a vez do Morgan Stanley piorar sua recomendação dos papéis da dívida brasileira.
O risco de contágio levou a instituição a rebaixar todos os demais países da América Latina, de México a Argentina.
A dívida pública brasileira passou de market perform (nível do mercado) para underperform (abaixo do nível do mercado). Em outras palavras, a instituição espera que os títulos públicos brasileiros terão um desempenho, na média, pior que outros papéis soberanos. Na semana passada, o Morgan Stanley já havia rebaixado sua nota para o desempenho do real.
O argumento é o mesmo já usado por outros bancos e agências de classificação nos últimos dois meses: aumento do risco de calote, na rasteira da sucessão presidencial. O banco afirma que somente um superávit primário entre 4,5% e 5% estabilizaria o crescimento da dívida brasileira.
Para o Morgan Stanley, os candidatos brasileiros da oposição não reagiram entusiasticamente em relação ao pacote do FMI. Isso indicaria risco de mudança de rumo das políticas econômicas.
O banco também revisou de 1% para 0,6% sua expectativa de crescimento da economia brasileira em 2002.


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