São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 2002

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Moody's rebaixa nota da dívida brasileira

ÉRICA FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se depender de bancos e agências internacionais, o humor dos investidores em relação ao Brasil tende a piorar ainda mais esta semana. Ontem, a Moody's, uma das principais agências de classificação de risco, rebaixou sua nota para a dívida soberana brasileira.
O Morgan Stanley também piorou sua recomendação para os títulos públicos brasileiros (ver texto na página B3).
Isso demonstra que a percepção de risco em relação ao Brasil segue aumentando. E as possibilidades de que sejam retomadas as linhas de crédito externo para o país ficam cada vez mais remotas.
A Moody's anunciou a mudança à noite, bem depois do fechamento do mercado. Tanto a dívida interna como a externa tiveram suas notas rebaixadas, de B1 para B2. A nota dos depósitos bancários em moeda estrangeira também caiu de B2 para B3.
A dúvida em relação à capacidade futura de pagamento da dívida pública continua sendo o centro dos argumentos para o rebaixamento do país.
Para a Moody's, apesar do acordo recém-firmado com o FMI (Fundo Monetário Internacional), as pressões fiscais devem continuar aumentando. Esse problema deverá ser acentuado pela alta do dólar que fará a dívida aumentar ainda mais. Tudo isso poderá colocar em xeque a capacidade de pagamento do próximo governo, independentemente de quem será eleito, segundo a agência, que vê dificuldades em se cumprir as metas com o FMI.


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