ANA PAULA GRABOIS
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) teve em julho a terceira deflação consecutiva, de 0,20%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Foi a maior queda para um mês de julho desde 1998, quando a economia se encontrava num período de desaquecimento.
Além da demanda de consumo fraca, os preços caíram ainda sob efeito da queda do câmbio no início do ano e da supersafra agrícola. O IBGE estima que a safra deste ano deverá ser 23,21% superior à anterior.
O coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, diz, entretanto, que agosto já não deve contar com deflação, pois os fatores para a queda de preços estão perdendo força.
"Prossegue o movimento de acabar o processo de deflação. Em agosto, voltaremos ao terreno dos valores positivos", afirmou.
O economista ressalta que o esgotamento previsto para a deflação não significa o retorno de um processo inflacionário. Segundo Quadros, a tendência é que o índice fique em torno de 0,50%.
O IPA (Índice de Preços por Atacado), com peso de 60% no índice, teve deflação de 0,59% em julho. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, subiu 0,34% após registrar deflação de 0,16% no mês anterior.
O IGP-DI acumula altas de 4,31% no ano e de 24,14% nos últimos 12 meses.


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