São Paulo, Segunda-feira, 13 de Setembro de 1999
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APEC
Clinton e Jiang Zemin se reúnem na Austrália para reativar as relações comerciais entre os dois países
EUA apóiam entrada da China na OMC

das agências internacionais

A reaproximação entre os EUA e a China, após um período de "guerra-fria", foi o ponto alto do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia Pacífico (Apec), aberto ontem em Auckland, na Nova Zelândia.
As relações entre os dois países estavam abaladas desde o desastrado bombardeio das forças da Otan à embaixada chinesa em Belgrado, na Iugoslávia, em março último.
No último sábado, os presidentes dos EUA, Bill Clinton, e da China, Jiang Zemin, discutiram, em uma reunião reservada, a normalização das relações comerciais entre os dois países.
Clinton se mostrou favorável à admissão da China na Organização Mundial de Comércio (OMC) e disse estar ansioso para um acordo comercial com o governo chinês.
Os dois presidentes trocaram apertos de mãos e sorriram muito para os fotógrafos, demonstrando disposição para a retomada das relações bilaterais.

Rodada do Milênio
Segundo o secretário de Comércio dos EUA, William Daley, a China poderá ingressar na OMC ainda este ano, provavelmente em novembro, quando se realiza, em Seattle (EUA), a "Rodada do Milênio", que discute a redução de subsídios e a queda das barreiras comerciais.
No domingo, o presidente do México, Ernesto Zedillo, ao discursar em um dos encontros da Apec, disse que, apesar de a crise financeira que se iniciou na Ásia não ter se transformado em uma recessão mundial como se temia, "é necessário não relaxar os esforços."
"Devemos recuperar o ímpeto de crescimento que existia antes da crise internacional", afirmou Zedillo.
Segundo ele, a crise mostrou que nenhum país deve manter políticas macroeconômicas irresponsáveis e incongruentes.

Solidez bancária
Para o presidente mexicano, as experiências de seu país e da Ásia demonstraram que é necessário um sistema bancário sólido para tornar a economia menos vulnerável aos movimentos do capital.
Ernesto Zedillo declarou que o México está tomando medidas para melhorar a regulamentação bancária do país.
A Apec reúne 21 países banhados pelo oceano Pacífico, cujas economias representam 55% do Produto Interno Bruto mundial (US$ 16 bilhões).
Em 1994, os países membros aprovaram uma carta de intenções que pretende tornar o fórum em uma área de livre comércio em 2010, para os países desenvolvidos do bloco, e 2020, para os demais países.


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