ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O volume de recursos que o setor automobilístico pegou do governo neste ano, para realizar investimentos, atingiu R$ 903 milhões de janeiro a outubro. Esse desembolso é feito via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por meio de linhas de crédito, a juros baixos e prazos longos. Os recursos podem ser usados não só em projetos para exportação como para o mercado interno.
O montante de R$ 903 milhões é 8% inferior ao liberado em igual período de 2002. Mas, em valores absolutos, só é menor que o destinado aos segmentos de alimentos e bebidas (R$ 1,1 bilhão) e de transportes (R$ 3,1 bilhões).
Portanto, é ainda superior ao repassado para empresas da área química, de metalurgia, celulose e papel.
Além desses recursos para investimentos, o BNDES também libera linhas de crédito para os bancos de montadoras. No papel de instituições financeiras credenciadas pela instituição, esses bancos usam recursos do órgão como suporte para financiamento de caminhões, ônibus e maquinários. Entre as instituições credenciadas estão os bancos Volkswagen e DaimlerChrysler.
Nessas operações, os bancos de montadoras ganham com o spread bancário (diferença entre o custo de captação do dinheiro e o que é cobrado do tomador).
De janeiro a outubro, os bancos da Volks e Chrysler captaram mais dinheiro para empréstimos do quem em todo o ano de 2001 e 2002.
O banco Volkswagen solicitou R$ 654 milhões até outubro, volume superior ao de 2002 e 2001, quando o montante não ultrapassou os R$ 250 milhões. Já o braço financeiro da Chrysler captou R$ 463,3 milhões neste ano para realizar repasses até outubro. Em todo 2002, foram R$ 332,8 milhões.


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