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Banco deve cumprir meta de empréstimo
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) anunciou ontem que deverá atingir até o fim do ano a meta de emprestar R$ 34,1 bilhões
em 2003, embora até outubro o
total alcançado tenha sido de R$
22,3 bilhões (uma média mensal
de R$ 2,23 bilhões).
Para que a meta seja atingida, o
banco terá que emprestar R$ 11,8
bilhões em novembro e dezembro, média de R$ 5,9 bilhões por
mês. O diretor da área de Planejamento do BNDES, Maurício Lemos, disse que, mesmo o banco
tendo ficado "parado" nos dois
primeiros meses do ano e só tendo "operado de forma mais natural" a partir de maio, os números
mais recentes permitem prever a
execução integral do orçamento.
"De um modo geral a situação
de desembolsos [empréstimos
efetivados] e de consultas [pedidos de financiamento] tem melhorado muito. Já podemos dizer
com certeza que vamos cumprir a
meta orçamentária de 2003."
Segundo ele, a melhoria nos números operacionais do banco
combinam com o restabelecimento da capacidade operacional, após a reforma administrativa feita no começo do governo, e a
recuperação dos investimentos.
A recuperação, de acordo com
Lemos, está refletida nos R$ 8,8
bilhões em consultas que chegaram ao banco em setembro e outubro -29,4% a mais que no
mesmo período do ano passado.
De janeiro a outubro, as consultas ainda estão 15% abaixo das do
mesmo período de 2002. "Ainda é
reflexo de um movimento de retração do empresariado que começa a ser superado", diz texto
distribuído pelo banco. Os desembolsos até outubro estão 25%
abaixo dos realizados de janeiro a
outubro de 2002.
As exportações deverão, segundo as contas do BNDES, somar R$
5,6 bilhões em novembro e dezembro aos R$ 5,9 bilhões que receberam do BNDES de janeiro a
outubro, devendo ser responsáveis por quase a metade do salto
esperado nos desembolsos do
banco. Veículos e aviões estão entre os itens que terão maior volume de apoio.
O setor industrial (no conceito
mais estrito de investimentos em
fábricas), que até outubro só recebeu do banco estatal R$ 1,82 bilhão, deverá, segundo Lemos, fechar o ano com R$ 4,168 bilhões,
devendo ser o único a ter desempenho negativo em relação ao ano
passado (cerca de menos 9%).
O setor de infra-estrutura, que
recebeu até outubro R$ 4,338 bilhões, chegará a dezembro com
R$ 6,853 bilhões, de acordo com
as estimativas do banco. Exportações, infra-estrutura e indústria
seriam responsáveis por mais de
R$ 10 bilhões dos R$ 11,8 bilhões
necessários para que a previsão de
desembolsos se confirme.
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