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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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Banco deve cumprir meta de empréstimo

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem que deverá atingir até o fim do ano a meta de emprestar R$ 34,1 bilhões em 2003, embora até outubro o total alcançado tenha sido de R$ 22,3 bilhões (uma média mensal de R$ 2,23 bilhões).
Para que a meta seja atingida, o banco terá que emprestar R$ 11,8 bilhões em novembro e dezembro, média de R$ 5,9 bilhões por mês. O diretor da área de Planejamento do BNDES, Maurício Lemos, disse que, mesmo o banco tendo ficado "parado" nos dois primeiros meses do ano e só tendo "operado de forma mais natural" a partir de maio, os números mais recentes permitem prever a execução integral do orçamento.
"De um modo geral a situação de desembolsos [empréstimos efetivados] e de consultas [pedidos de financiamento] tem melhorado muito. Já podemos dizer com certeza que vamos cumprir a meta orçamentária de 2003."
Segundo ele, a melhoria nos números operacionais do banco combinam com o restabelecimento da capacidade operacional, após a reforma administrativa feita no começo do governo, e a recuperação dos investimentos.
A recuperação, de acordo com Lemos, está refletida nos R$ 8,8 bilhões em consultas que chegaram ao banco em setembro e outubro -29,4% a mais que no mesmo período do ano passado.
De janeiro a outubro, as consultas ainda estão 15% abaixo das do mesmo período de 2002. "Ainda é reflexo de um movimento de retração do empresariado que começa a ser superado", diz texto distribuído pelo banco. Os desembolsos até outubro estão 25% abaixo dos realizados de janeiro a outubro de 2002.
As exportações deverão, segundo as contas do BNDES, somar R$ 5,6 bilhões em novembro e dezembro aos R$ 5,9 bilhões que receberam do BNDES de janeiro a outubro, devendo ser responsáveis por quase a metade do salto esperado nos desembolsos do banco. Veículos e aviões estão entre os itens que terão maior volume de apoio.
O setor industrial (no conceito mais estrito de investimentos em fábricas), que até outubro só recebeu do banco estatal R$ 1,82 bilhão, deverá, segundo Lemos, fechar o ano com R$ 4,168 bilhões, devendo ser o único a ter desempenho negativo em relação ao ano passado (cerca de menos 9%).
O setor de infra-estrutura, que recebeu até outubro R$ 4,338 bilhões, chegará a dezembro com R$ 6,853 bilhões, de acordo com as estimativas do banco. Exportações, infra-estrutura e indústria seriam responsáveis por mais de R$ 10 bilhões dos R$ 11,8 bilhões necessários para que a previsão de desembolsos se confirme.


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