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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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Redução do IPI acaba, diz Receita

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo já decidiu que o acordo que reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis médios, que termina no final deste mês, não será renovado. De acordo com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, a medida foi temporária e melhorou a situação da indústria automobilística em um período mais crítico.
Agora, o reaquecimento da economia deverá elevar as vendas sem a ajuda do benefício tributário. "Não faz sentido renovar o acordo", disse à Folha. O benefício começou em 6 de agosto e termina no próximo dia 30.
Em setembro, a Receita Federal já estava considerando que o efeito mais importante da medida tinha sido a manutenção dos empregos. Na ocasião, o secretário-adjunto da Receita Ricardo Pinheiro explicou que o aumento de vendas ocorrido em agosto e em setembro foi "contaminado" pelas negociações em torno da redução do imposto.

Espera
Ou seja, as pessoas que já tinham decidido comprar carro em julho esperaram a redução do imposto. Portanto o aumento das vendas dos veículos não foi suficiente para manter a arrecadação do IPI.
A redução da arrecadação do IPI de carros em setembro foi de 35,18% em relação ao mesmo período de 2002.
No ano passado, a alíquota do IPI já havia caído de 25% para 15%. Com o acordo, ela caiu mais três pontos percentuais.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates, os preços dos carros haviam aumentado pouco antes da entrada em vigor do acordo. "Na prática, os preços acabaram não mudando", afirmou.


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