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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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TELEFONIA

Controladora da maior operadora de telefonia de longa distância do Brasil diz que ainda procura compradores

MCI anuncia nos EUA intenção de vender a Embratel

DA REDAÇÃO

A companhia norte-americana MCI anunciou ontem que pretende vender o controle da Embratel Participações, empresa que detém a maioria das ações da Embratel, a maior operadora de telefonia de longa distância do Brasil.
A MCI detém 51,79% do capital votante e 19,26% das ações preferenciais da companhia brasileira. Ela adquiriu a participação em julho de 1998, no leilão do Sistema Telebrás. Na ocasião, a empresa americana desembolsou R$ 2,65 bilhões, com ágio de 47,22%.
"Após uma cuidadosa avaliação, determinamos que deveríamos vender nossa participação na Embratel", disse, em comunicado, o vice-presidente de Desenvolvimento Corporativo e Estratégia da MCI, Jonathan Crane.
"Isso [a venda] vai permitir às duas companhias se voltar para oportunidades estratégicas alinhadas com os principais negócios de cada uma", completou. Segundo Crane, porém, a MCI pretende manter uma relação comercial "importante e substancial" com a Embratel "para continuar a atender às demandas de comunicação global dos clientes".

Melhora
No fim de outubro, a Embratel havia anunciado um lucro líquido de R$ 154,539 milhões nos nove primeiros meses do ano, ante prejuízo de R$ 738,284 milhões no mesmo período de 2002. O lucro líquido no terceiro trimestre chegou a R$ 15,5 milhões.
A MCI disse que ainda está à procura de um comprador e que não pode afirmar que o processo (de venda) será bem-sucedido.
A empresa é a divisão de telefonia de longa distância da WorldCom, uma das principais envolvidas nos escândalos financeiros e contábeis nos Estados Unidos no início da década e que pediu concordata no ano passado.
Em abril, a WorldCom finalizou um plano de reestruturação, disse que pretendia sair da concordata ainda neste ano e que iria começar a operar com o nome MCI.
A nota divulgada ontem diz que a MCI já contratou empresas para gerenciar o processo de venda.
"Qualquer transação para vender a parte da MCI [na Embratel] está sujeita à aprovação do conselho de diretores da MCI e ao aval das autoridades regulatórias", informou a empresa na nota.

Perdas
Em julho, a MCI foi acusada de ter fraudado, durante uma década, outras empresas do setor.
As fraudes teriam causado um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão a outras companhias, segundo o "New York Times".
As fraudes, que estariam sendo investigadas pelo governo americano, consistiriam em registrar chamadas de longa distância como chamadas locais -evitando o pagamento de tarifas de acesso especial às companhias locais. A MCI disse que os argumentos haviam sido articulados por rivais.


Com a Reuters


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