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Crise no setor pode causar 50 mil demissões, prevê sindicato
da Reportagem Local
O Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC estima que a atual crise no
mercado de automóveis, perdurando em 99, poderá provocar até
50 mil demissões -20 mil nas
montadoras e 30 mil nas fábricas
de autopeças.
No caso das montadoras, esse
contingente representa cerca de
20% da mão-de-obra empregada
no setor atualmente.
As demissões são a forma das
montadoras ajustarem custos e
produção a um mercado de 1,45
milhão de automóveis em 99.
Neste ano, a previsão é de uma
produção total de aproximadamente 1,53 milhão de veículos.
As montadoras assinaram acordo com o governo se comprometendo a manter o nível de emprego
até o final deste ano.
Em troca, foram beneficiadas
com uma redução da alíquota do
IPI incidente sobre carros.
Há também previsão de demissões nas indústrias de autopeças
caso a crise no mercado de veículos continue nos próximos meses.
As fábricas do setor empregam
atualmente 180 mil metalúrgicos,
mas já ameaçam demitir 30 mil até
o fim do primeiro trimestre de 99.
No caso de o acordo para a renovação da frota ser adotado, o sindicato dos metalúrgicos avalia que
ao menos 18 mil postos de trabalho
estariam garantidos nas montadoras de automóveis.
No restante da cadeira produtiva
do setor automotivo, que envolve
as fábricas de autopeças, indústrias de plástico, vidro e borracha,
mais 47 mil vagas poderia ser garantidas em 99.
"A condição para qualquer tipo
de acordo é a manutenção do nível
de emprego", afirma Carlos Alberto Grana, secretário-geral do sindicato dos metalúrgicos.
A entidade também defende, como forma de combate à crise no setor, a isenção total de impostos para as exportações e restrições às
importações.
(ME)
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