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Recuperação da confiança leva
tempo, diz representante do FMI
DA FRANCE PRESSE
O representante do FMI (Fundo Monetário Internacional) no
Brasil, Rogerio Zandamela, afirmou que a confiança dos investidores internacionais tardarão em
ser recuperadas e que os nove primeiros meses de 2003 serão um
período bastante difícil.
As declarações foram feitas em
Paris, durante um seminário sobre a economia brasileira organizado pelo Senado francês. Para o
economista do FMI, o país sofrerá
os efeitos da crise nas principais
economias do planeta, que tem se
refletido num refluxo dos investimentos estrangeiros em países
considerados de risco mais elevado, como o Brasil.
De acordo com Zandamela, o
Fundo trabalha com a expectativa
de que o dólar fique em torno de
R$ 3,50 no próximo ano. Ainda
que inferior ao atual patamar, o
câmbio estaria acima do considerado ideal.
"O restabelecimento da confiança dos investidores será lento,
independentemente do que o
Brasil faça, devido à situação econômica mundial", afirmou Zandamela durante o seminário. "Os
primeiros nove meses de 2003 serão bastante difíceis."
Zandamela, no entanto, procurou tranquilizar os participantes
do encontro, muitos deles empresários franceses, sobre a política
econômica do futuro governo. De
acordo com ele, o FMI confia no
governo Lula.
"Temos todos os mecanismos
para tranquilizar os investidores
internacionais", afirmou Zandamela. "Lula não fará uma ruptura.
Isso nos dá a garantia de que a
economia brasileira seguirá em
um bom caminho."
O representante do Fundo indicou três desafios para o futuro governo: conter a ameaça da inflação, aumentar o crescimento econômico sem deixar de respeitar a
disciplina fiscal e lutar contra as
desigualdades sociais.
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