São Paulo, domingo, 13 de dezembro de 1998

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PAINEL S/A


Caçando dinheiro
Para Raul Velloso, sem a CPMF e sem a contribuição dos inativos na Previdência (que compromete o ajuste de Estados e Municípios) para o primeiro trimestre, "está aberta a temporada de caça a uma base tributável que possa gerar de imediato alguns bilhões".
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Sem vinculações
O chamado "imposto verde" tem, segundo Velloso, dois problemas: 1) parte da arrecadação estará vinculada a gastos em infra-estrutura; e 2) é base tributável tradicional dos Estados e parte da arrecadação poderá ter de ser rachada. "O governo precisa de dinheiro limpo para cumprir as metas", diz.
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Com data marcada
Para Dany Rappaport, do Banco Santander, está aberta a temporada das "síndromes trimestrais" no mercado financeiro. Em debate: o cumprimento ou não das metas.
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Em pauta
A revista "The Economist" aposta que o Brasil continuará no centro das atenções mundiais nos próximos meses -planeja um encarte especial sobre o país a ser publicado no início de 1999.
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Barrados no baile
A 22ª Vara Federal de São Paulo jogou um balde de água fria nos empresários que vinham festejando as liminares obtidas contra as exigências (como a quitação das pendências fiscais) da Receita para conceder o registro no CNPJ. O pedido do comércio para liberar todos os lojistas do Estado foi negado.

Disputa bancária - 1
Estudo da EF&C (Engenheiros Financeiros & Consultores) com os cinco maiores bancos brasileiros (BB, Bradesco, Itaú, Unibanco e Real) mostra que, durante o Plano Real, o Itaú foi o que mais cresceu em ativos (multiplicou por quase três vezes), e o Unibanco, em patrimônio (2,42 vezes).
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Disputa bancária - 2
Em termos absolutos, o maior banco por ativos é o Banco do Brasil (R$ 127,1 bilhões), mas seu patrimônio líquido caiu 11% durante o Real. "É um sinal de que o banco está descapitalizado, apesar de ter sofrido duas injeções de capital no período", diz Carlos Coradi.
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Menos eficientes
Levantamento da Austin Asis mostra que as empresas brasileiras têm rentabilidade menor do que as empresas dos EUA, embora trabalhem com margens maiores.
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Na ponta do lápis
As 250 empresas de capital aberto brasileiras estudadas registraram rentabilidade de 4,5% e uma margem de 11%; as 5.000 norte-americanas registraram rentabilidade de 15% e margem de 4,5%, diz a Austin Asis.
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Acima do peso
Segundo Erivelto Rodrigues, da Austin Asis, os números mostram que "as empresas brasileiras ainda têm gordura para queimar. Ainda é possível reduzir a margem e buscar ganhos de escala".
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Liderança inconteste
Segundo pesquisa da Placas do Paraná S/A, descontada a inflação as taxas de juros acumuladas em 98 no Brasil são as mais altas do planeta (25%). Em segundo lugar aparece a Turquia (19,8%), e em terceiro, a Colômbia (17,2%).
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Juro e câmbio
Se a referência utilizada for a taxa de câmbio, segundo a Placas do Paraná S/A, a Turquia passa a liderar, com 45,2%, ficando a República Tcheca em segundo (41,2%). O Brasil, com 18,8%, fica em sexto.

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