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Negociações acabaram em menos de 30 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
As negociações para a compra
do BBV Banco foram iniciadas no
dia 13 de dezembro do ano passado, por iniciativa do Bradesco. A
informação foi dada pelo presidente do maior banco privado
brasileiro, Márcio Cypriano.
Nos 36 dias anteriores ao início
das conversas com o BBVA (Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, matriz espanhola do BBV), o Bradesco presenciou uma significativa
expansão do Itaú, seu principal
concorrente, no mercado interno.
Nesse período, o Itaú havia fechado a compra dos bancos BBA
e Fiat, aproximando-se do Bradesco no ranking de maiores instituições privadas.
Cypriano nega que o avanço do
Itaú tenha sido a motivação principal da compra. Mas a coincidência das datas chama a atenção.
Antes do Bradesco, o BBV havia
estabelecido negociações também
com o Unibanco. Segundo a Folha apurou, o maior empecilho
para a realização desse negócio foi
o fato de que o Unibanco não queria desembolsar dinheiro pelo
BBV. A proposta era que o BBVA
passasse a ter participação acionária no Unibanco e ocupasse assentos no conselho de administração do banco nacional.
O negócio com o Bradesco poderá, segundo fontes próximas da
negociação, representar um prejuízo para o BBV, que chegou a
investir US$ 1,230 bilhão no Brasil. A instituição espanhola entrou
no país em 1998, após comprar o
Excel Econômico.
Perdas na Argentina e possíveis
prejuízos na Venezuela explicam
a decisão do BBV. Como o BBVA
já tem uma grande participação
no sistema bancário mexicano,
onde controla o Bancomer, optou
por reduzir sua exposição na
América Latina, por meio do Brasil.
(ÉRICA FRAGA)
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