LEONARDO SOUZA
ENVIADO ESPECIAL À BASILÉIA

A recuperação econômica mundial é lenta, mas constante, com possibilidade de acelerar ao longo do ano. A avaliação é dos dirigentes dos bancos centrais das dez maiores economias do mundo, que se reuniram ontem pela primeira vez em 2002, na sede do BIS (Banco Internacional de Compensações) -o banco dos bancos centrais-, na Basiléia (Suíça).
Segundo o presidente do banco central inglês, Edward George, que comanda as reuniões dos BCs do G-10, o crescimento das economias dos Estados Unidos e da Zona do Euro, no entanto, será "provavelmente" menor do que as projeções feitas pelo grupo no final do ano passado.
As últimas estimativas são de 3% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) americano e de 2% para o da Zona do Euro.
"Eu espero que este ano seja mais próspero do que foi o ano passado. O sentimento geral é que assistimos a uma recuperação lenta, mas constante, com possibilidade de acelerar ao longo do ano. Essa foi a expectativa geral, sobretudo em relação à economia americana. A Zona do Euro também vai se recuperar, porém mais gradualmente", disse George.
Segundo ele, a economia japonesa vai crescer, "mas modestamente". No entanto, ele não deu nenhuma estimativa para o desempenho do PIB do Japão.
Entre os riscos avaliados para a economia mundial em 2003, o G-10 destacou os efeitos que uma guerra dos EUA ao Iraque pode provocar. De acordo com George, a guerra pode ser resolvida rapidamente, mas o G-10 tem de trabalhar também com a possibilidade de a guerra se prolongar.
"Acho que todo mundo reconhece que não há como antecipar os efeitos provocados se a guerra se prolongar", disse. "A nossa mensagem, pouco habitual, é que temos de ficar vigilantes e nos preparar para quando os riscos começarem a se cristalizar", disse.


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