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Para BC inglês, Brasil superou incertezas políticas
DO ENVIADO À BASILÉIA
O presidente do banco central
inglês, Edward George, disse ontem que o Brasil superou as incertezas políticas que influenciaram
os mercados financeiros nos últimos meses e que os dirigentes dos
bancos centrais das dez maiores
economias do mundo estão "encorajados" com o governo Lula.
Segundo ele, o diretor-gerente
do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Köhler, compartilhou a avaliação dos presidentes
dos bancos centrais de que o governo brasileiro está no caminho
certo na área econômica.
George disse que as preocupações do mercado começaram a se
reduzir depois que o governo brasileiro assumiu o compromisso
com "políticas ortodoxas voltadas
à estabilização". Entre as medidas
destacadas está o projeto que prevê autonomia operacional ao BC.
Ele deu as declarações na condição de representante dos dirigentes dos bancos centrais do G-10,
após reunião do grupo realizada
na sede do BIS (Banco Internacional de Compensações).
A reunião de ontem foi a primeira internacional de Henrique
Meirelles como presidente do
Banco Central do Brasil. Sua apresentação foi focada principalmente nas medidas econômicas
que o governo pretende tomar,
entre as quais a autonomia operacional do BC e as reformas tributária e da Previdência Social.
De acordo com George, os dirigentes dos BCs do G-10 passaram
a maior parte da reunião ouvindo
Meirelles e o novo presidente do
banco central argentino, Alfredo
Prat Gay. "Eles deixaram uma impressão muito positiva", disse.
"Nós [os integrantes do G-10 financeiro" nos sentimos muito encorajados [..." O que ele [Henrique Meirelles" nos disse sobre
suas posições como presidente do
BC, e [sobre" as do governo como
um todo, foi muito positivo."
Segundo ele, os dirigentes dos
bancos centrais ressaltaram a importância para a economia brasileira de um BC independente. Para George, a medida "pode efetivamente" dar maior segurança ao
mercado financeiro em relação ao
país.
(LS)
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