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Estrangeiros divergem sobre cenário do país
DA FOLHA ONLINE
A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já
começa a causar divergência entre as principais instituições financeiras internacionais.
Ontem, enquanto o Bear
Stearns e a Merrill Lynch disseram confiar na economia, o Goldman Sachs reduziu a recomendação para as ações brasileiras.
As reformas que o novo governo pretende implementar são o
ponto central de todas as análises.
O Bear Stearns, que elevou a recomendação das ações do Brasil,
classificando-as como "overweight" (desempenho acima do
mercado), viu de forma positiva a
agenda de reformas, entre elas a
da Previdência. Já o Goldman
Sachs, que reduziu de "neutral"
para "underweight" (abaixo do
mercado), ressaltou que a volta da
confiança só se solidificará com a
implementação das mudanças.
A Merrill Lynch não alterou o
peso do Brasil em sua carteira,
mas informou que o país é o seu
preferido na América Latina para
receber mais investimentos.
Questionado sobre as avaliações, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse respeitar
os critérios das instituições financeiras, mas reafirmou que confia
no desempenho do país.
"Eu não posso determinar o que
leva a isso [avaliação". Mas estou
otimista com o Brasil", afirmou.
Indicadores
O mercado financeiro brasileiro
também divulgou projeções menos pessimistas. Segundo pesquisa do Banco Central, a projeção
para a alta do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em
2003 caiu de 15,13% para 14,90%.
A expectativa em relação à cotação do dólar para dezembro passou de R$ 3,70 para R$ 3,65.
Ontem também foi anunciado o
saldo comercial nas duas primeiras semanas de janeiro. Até a semana passada, o país teve um saldo de US$ 313 milhões. Em janeiro de 2002, o saldo final fora de
US$ 171 milhões. Neste ano, o país
exportou US$ 1,409 bilhão e importou US$ 1,096 bilhão.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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