São Paulo, terça-feira, 14 de janeiro de 2003

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Estrangeiros divergem sobre cenário do país

DA FOLHA ONLINE

A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começa a causar divergência entre as principais instituições financeiras internacionais.
Ontem, enquanto o Bear Stearns e a Merrill Lynch disseram confiar na economia, o Goldman Sachs reduziu a recomendação para as ações brasileiras.
As reformas que o novo governo pretende implementar são o ponto central de todas as análises.
O Bear Stearns, que elevou a recomendação das ações do Brasil, classificando-as como "overweight" (desempenho acima do mercado), viu de forma positiva a agenda de reformas, entre elas a da Previdência. Já o Goldman Sachs, que reduziu de "neutral" para "underweight" (abaixo do mercado), ressaltou que a volta da confiança só se solidificará com a implementação das mudanças.
A Merrill Lynch não alterou o peso do Brasil em sua carteira, mas informou que o país é o seu preferido na América Latina para receber mais investimentos.
Questionado sobre as avaliações, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse respeitar os critérios das instituições financeiras, mas reafirmou que confia no desempenho do país.
"Eu não posso determinar o que leva a isso [avaliação". Mas estou otimista com o Brasil", afirmou.

Indicadores
O mercado financeiro brasileiro também divulgou projeções menos pessimistas. Segundo pesquisa do Banco Central, a projeção para a alta do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em 2003 caiu de 15,13% para 14,90%.
A expectativa em relação à cotação do dólar para dezembro passou de R$ 3,70 para R$ 3,65.
Ontem também foi anunciado o saldo comercial nas duas primeiras semanas de janeiro. Até a semana passada, o país teve um saldo de US$ 313 milhões. Em janeiro de 2002, o saldo final fora de US$ 171 milhões. Neste ano, o país exportou US$ 1,409 bilhão e importou US$ 1,096 bilhão.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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