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Novo presidente do TST critica contribuição
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo presidente do TST
(Tribunal Superior do Trabalho), Vantuil Abdala, criticou
ontem a criação da contribuição negocial proposta na reforma sindical que o governo enviará ao Congresso Nacional
até o final do mês. Para ele, a
contribuição deveria ser cobrada apenas de trabalhadores filiados a sindicatos.
A reforma sindical propõe
que o atual imposto sindical,
cobrado de todos os trabalhadores e que equivale a um dia
de salário no ano, seja substituído pela contribuição negocial. A cobrança seria obrigatória para todos os trabalhadores
beneficiados em acordos coletivos e poderia chegar, no ano,
a 13% do salário mensal.
Se for aprovada, a contribuição pode ser até 290% superior
à atual. Em um salário de R$
900, ela é hoje de R$ 30. Já os
13% representam R$ 117.
"Vejo com muita preocupação. Os sindicatos mais fracos
podem acabar negociando
qualquer acordo coletivo só para garantir a contribuição."
Ele atacou a estratégia do governo de retirar da reforma do
Judiciário, em tramitação no
Congresso, os dispositivos que
mantêm o poder normativo da
Justiça do Trabalho.
"Será criado um vácuo normativo. Isso é absolutamente
arriscado", disse Abdala.
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