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MERCADO FINANCEIRO
Vendas no varejo americano acima do esperado reacendem expectativa de que Fed eleve taxas
Temor de alta do juro nos EUA faz Bolsa cair
DA REPORTAGEM LOCAL
Na véspera do Copom, os negócios na Bolsa de Valores de São
Paulo foram influenciados pelo
mau desempenho do mercado
norte-americano.
O temor de alta dos juros nos
Estados Unidos derrubou o mercado acionário do país. No Brasil,
a Bovespa, após chegar a subir pela manhã (0,94%), encerrou o dia
com perdas de 0,70%.
Após a divulgação dos dados de
vendas do varejo nos EUA em
março, que ficaram acima do esperado, o mercado encontrou
mais argumentos para aumentar
as apostas de que o Fed (banco
central dos EUA) pode elevar os
juros do país (hoje em 1%) antes
do esperado.
Em Nova York, o Dow Jones fechou com baixa de 1,28%. A Nasdaq (Bolsa eletrônica de ações de
empresas de alta tecnologia) recuou 1,71%.
Em tese, juros maiores são ruins
para o mercado de renda variável,
como as Bolsas. Para os emergentes, alta dos juros nos EUA pode
ser ruim por tornar os títulos norte-americanos mais atrativos -o
que poderia resultar em migração
de investidores de mercados
emergentes para os EUA.
Os C-Bonds, títulos da dívida
brasileira, encerraram o dia com
baixa de 0,58%, aos US$ 0,9613.
No início da noite de hoje, será
divulgada a decisão do Copom
(Comitê de Política Monetária)
sobre a taxa básica de juros para
os próximos 30 dias.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os ajustes nos
contratos DI (que seguem os juros praticados entre os bancos)
foram pequenos.
Pelo que projeta o DI de prazo
mais curto, a taxa básica deve ser
reduzida hoje de 16,25% para
16%. No mercado, analistas diziam nos últimos dias que surpresa seria o Banco Central manter
os juros inalterados. Ontem, o DI
de vencimento em maio fechou
com taxa de 15,84%, ante 15,87%
do dia anterior.
Ações
A ação preferencial da Cesp esteve por mais um pregão entre as
maiores altas. A valorização de
2,5% da ação ontem foi motivada
pela expectativa de que a empresa
consiga um empréstimo de R$ 1,3
bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ontem, o banco
prorrogou por 30 dias o pagamento de uma parcela da dívida
da geradora.
(FABRICIO VIEIRA)
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