São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Vendas no varejo americano acima do esperado reacendem expectativa de que Fed eleve taxas

Temor de alta do juro nos EUA faz Bolsa cair

DA REPORTAGEM LOCAL

Na véspera do Copom, os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo foram influenciados pelo mau desempenho do mercado norte-americano.
O temor de alta dos juros nos Estados Unidos derrubou o mercado acionário do país. No Brasil, a Bovespa, após chegar a subir pela manhã (0,94%), encerrou o dia com perdas de 0,70%.
Após a divulgação dos dados de vendas do varejo nos EUA em março, que ficaram acima do esperado, o mercado encontrou mais argumentos para aumentar as apostas de que o Fed (banco central dos EUA) pode elevar os juros do país (hoje em 1%) antes do esperado.
Em Nova York, o Dow Jones fechou com baixa de 1,28%. A Nasdaq (Bolsa eletrônica de ações de empresas de alta tecnologia) recuou 1,71%.
Em tese, juros maiores são ruins para o mercado de renda variável, como as Bolsas. Para os emergentes, alta dos juros nos EUA pode ser ruim por tornar os títulos norte-americanos mais atrativos -o que poderia resultar em migração de investidores de mercados emergentes para os EUA.
Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira, encerraram o dia com baixa de 0,58%, aos US$ 0,9613.
No início da noite de hoje, será divulgada a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa básica de juros para os próximos 30 dias.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os ajustes nos contratos DI (que seguem os juros praticados entre os bancos) foram pequenos.
Pelo que projeta o DI de prazo mais curto, a taxa básica deve ser reduzida hoje de 16,25% para 16%. No mercado, analistas diziam nos últimos dias que surpresa seria o Banco Central manter os juros inalterados. Ontem, o DI de vencimento em maio fechou com taxa de 15,84%, ante 15,87% do dia anterior.

Ações
A ação preferencial da Cesp esteve por mais um pregão entre as maiores altas. A valorização de 2,5% da ação ontem foi motivada pela expectativa de que a empresa consiga um empréstimo de R$ 1,3 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ontem, o banco prorrogou por 30 dias o pagamento de uma parcela da dívida da geradora.
(FABRICIO VIEIRA)


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