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Proposta não é séria, afirma líder da CUT
DA REPORTAGEM LOCAL
Para Luiz Marinho, recém-eleito presidente da CUT, a
proposta de redução temporária de direitos trabalhistas não
pode ser considerada como
"séria" pelos trabalhadores.
"Se algum sindicato se atrevesse a aceitar cortar direitos e
reduzir salário [com o fim do
descanso semanal remunerado, os empresários calculam
que a redução da folha de pagamento seria de 20%], a situação
só se agravaria", diz Marinho.
"Se a renda cai, as empresas
vão vender menos, a produção
vai cair ainda mais e o desemprego se alastra."
Na sua avaliação, os empresários, em conjunto com os trabalhadores, têm de discutir juros, inflação, balança comercial, impostos e medidas que
incrementem a produção.
"Não adianta cortar direitos
como medida compensatória.
Isso é pressão política para reduzir a taxa de juros Selic. Mas
é preciso também discutir os
juros reais da economia, que
passam dos 100% ao ano."
Para o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos,
Adi dos Santos Lima, a discussão sobre direitos trabalhistas
deve ocorrer no Fórum Nacional do Trabalho. A entidade representa 250 mil metalúrgicos
da CUT no Estado de São Paulo. "O debate sobre medidas
para incentivar o crescimento
econômico e a retomada da
produção tem de ser feito nos
fóruns de competitividade
criados pelo governo", disse
Santos Lima.
(CR)
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