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São Paulo, sábado, 14 de junho de 2003

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Proposta não é séria, afirma líder da CUT

DA REPORTAGEM LOCAL

Para Luiz Marinho, recém-eleito presidente da CUT, a proposta de redução temporária de direitos trabalhistas não pode ser considerada como "séria" pelos trabalhadores.
"Se algum sindicato se atrevesse a aceitar cortar direitos e reduzir salário [com o fim do descanso semanal remunerado, os empresários calculam que a redução da folha de pagamento seria de 20%], a situação só se agravaria", diz Marinho. "Se a renda cai, as empresas vão vender menos, a produção vai cair ainda mais e o desemprego se alastra."
Na sua avaliação, os empresários, em conjunto com os trabalhadores, têm de discutir juros, inflação, balança comercial, impostos e medidas que incrementem a produção. "Não adianta cortar direitos como medida compensatória. Isso é pressão política para reduzir a taxa de juros Selic. Mas é preciso também discutir os juros reais da economia, que passam dos 100% ao ano."
Para o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos, Adi dos Santos Lima, a discussão sobre direitos trabalhistas deve ocorrer no Fórum Nacional do Trabalho. A entidade representa 250 mil metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo. "O debate sobre medidas para incentivar o crescimento econômico e a retomada da produção tem de ser feito nos fóruns de competitividade criados pelo governo", disse Santos Lima. (CR)


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