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Palocci diz que não vê ameaça de empresários
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse ontem que
não entendeu como ameaças as
afirmações de empresários do setor metalúrgico de São Paulo de
que demitirão funcionários se a
taxa básica de juros da economia,
estabelecida pelo Banco Central,
não for reduzida logo.
"Não vi nenhuma ameaça de
empresário. Os empresários participam do debate democraticamente, como outros setores", disse o ministro, antes de participar
de um congresso nacional de vereadores e deputados do PT.
"Vejo a crítica como parte do
processo democrático. Eu nunca
reagi negativamente à crítica,
principalmente a crítica de boa-fé,
aquela que procura sempre buscar caminhos novos para o Brasil", completou.
O ministro deu a entender que a
redução dos juros não é a única
forma para que o país saia de um
processo de ajuste como o atual e
passe para um período de crescimento. Disse que o governo tem
tomado outras medidas, como a
de aumentar os recursos para financiar o agronegócio.
"A economia tem de caminhar
de maneira segura, as medidas
têm de ser tomadas na hora certa,
pois senão a gente perde a possibilidade de fazer aquilo que são
metas essenciais de governo", disse.
Segundo ele, o combate à inflação "era a prioridade número zero". Disse que "felizmente" o governo está sendo vitorioso no
combate à inflação.
Palocci voltou a afirmar que o
país não está em recessão. Disse
que os setores de agronegócio e
exportadores do país têm tido
"desempenho extraordinário".
Mas reconheceu que os setores da
economia voltados para o mercado interno passam por uma fase
ruim.
"Os setores de venda interna
têm dificuldades reais, porque
nós fazemos um ajuste depois de
uma crise de grandes proporções.
É nesse sentido que nós temos de
acreditar que as forças reais da
economia do Brasil vão dar condições de marcharmos para o
crescimento".
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