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TELEFONIA
Banco estuda como sair da sociedade na companhia
BNDES pagará mais R$ 286,8 mi à União por parte na Telemar
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) desembolsará R$ 286,8
milhões para pagar à União a parte que lhe cabe do cerca de R$ 1,2
bilhão referente à segunda parcela de privatização da Telemar,
companhia de telefonia fixa que
atende a 16 Estados.
Quitado o pagamento, previsto
para o dia 4 de agosto, o banco estatal, que detém 25% do bloco de
controle da Telemar, parte para o
estudo de como sair do negócio,
que para ser viabilizado já recebeu dos cofres públicos R$ 400
milhões. Esse foi o montante dado pelo BNDES na primeira parcela da privatização, de R$ 1,373
bilhão, paga à vista.
A idéia do banco é realizar um
leilão, em que os candidatos sejam operadores especializados, já
que a Telemar foi a única tele desmembrada da Telebrás que ficou
sem um sócio especializado em
telefonia.
A Folha apurou que o banco vê
com bons olhos o fato de haver,
no mercado, iniciativas como a
do Opportunity, de atrair a atenção de potenciais candidatos à vaga do BNDES na Telemar.
Isso porque o banco espera que
a venda da sua parte na Telemar
se torne uma lucrativa operação
para seu braço de participações, a
BNDESpar, que tem tido um lucro médio anual de R$ 700 milhões nos últimos dois anos.
Segundo comentários do mercado especializado, o Opportunity, parceiro da Telecom Italia
no controle da Tele Centro Sul, e
agora sócio indireto da Telemar
devido a uma troca de participações com o grupo Inepar, já estaria tendo conversas avançadas
com a British Telecom e a Deutsche Telecom, duas das grandes
operadoras internacionais que
não entraram no país pelo leilão
da Telebrás, no ano passado.
A participação do BNDES na
Telemar, avaliada em cerca de R$
1 bilhão, ainda não está formalizada, o que terá que ser feito antes
da realização do leilão, sem data
marcada.
A estratégia de venda também
terá que atender à regra da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) segundo a qual uma
operadora não poderia ficar com
mais de 25% de participação.
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