São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 2002

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Bolsas reagem mal e fecham o dia em baixa

DA REDAÇÃO

O mercado já esperava que o Federal Reserve (banco central dos EUA) mantivesse a taxa de juros, mas o alerta de que o país pode cair em uma nova contração atingiu os investidores. As Bolsas dos EUA, que permaneceram boa parte do dia em alta, fecharam com fortes quedas.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou em declínio de 2,38%. A Nasdaq, Bolsa de empresas do setor tecnológico, caiu 2,87%, e o índice Standard & Poor's 500 recuou 2,17%.
"Obviamente, o mercado sempre reage bem a juros baixos, mas agora o Fed está dizendo que há o risco de uma fraqueza econômica ainda maior", disse Mark Donahoe, do US Bancorp Piper Jaffray.
Para alguns analistas, a autoridade monetária deveria ter sido mais agressiva, optando por uma nova redução dos juros.
O rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA com prazo de vencimento de dez anos -os papéis do governo mais negociados no mercado- caiu ontem ao menor nível em quase 40 anos.
"Isso abre a porta para um relaxamento da política monetária", disse Mary Ann Hurley, vice-presidente para negócios de renda fixa da corretora DA Davidson & Co., de Seattle.
Os títulos são considerados investimentos seguros, ainda que de baixa rentabilidade. O medo de uma nova contração econômica e de uma queda nas Bolsas faz com que os investidores procurem essa aplicação, e o Fed consegue pôr no mercado papéis com rendimento mais baixo.
Ontem, os papéis ofereciam juros de 4,12% ao ano, taxa não vista desde o final de 1963. O rendimento dos títulos com vencimento em 30 anos caiu abaixo de 5% pela primeira vez em nove meses.
As vendas do varejo norte-americano cresceram 1,2% no mês passado, estimuladas por uma recuperação no comércio de carros novos. Já a saída de móveis, roupas e eletrônicos recuou.
De acordo com o Departamento do Comércio, excluindo-se a categoria de veículos, o movimento comercial cresceu apenas 0,2%. O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas, que já esperavam forte crescimento na venda de carros devido às promoções com financiamentos a juro zero.


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