São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2004
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INTERNET Empresa pode ter violado lei Google entra na Bolsa em meio a polêmica
DA REDAÇÃO O leilão de ações do Google, portal líder em buscas na internet, que está lançando papéis na Nasdaq (Bolsa que reúne as empresas de alta tecnologia nos EUA), começou ontem em meio a uma polêmica envolvendo os fundadores da empresa. Larry Page e Sergey Brin, que criaram a empresa em 1998, deram entrevista à revista "Playboy" que chegou às bancas ontem, levantando dúvidas sobre se eles violaram as regras que determinam um "período de silêncio" de empresas que vão lançar ações em Bolsa. Em documento à SEC (Securities and Exchange Commission, que regula o mercado de capitais), o Google afirma entender que a entrevista não constituiu uma violação. Mas diz que, se a Justiça julgar que houve infração, a empresa recomprará as ações da oferta pública inicial (IPO, em inglês) ao preço de lançamento, como determina a lei. Segundo o "New York Times", citando uma fonte, a SEC aceitou as explicações do Google. A empresa se prepara para vender 25,7 milhões de ações a um preço estimado entre US$ 108 e US$ 135 e espera levantar US$ 3,3 bilhões com a operação. O Google não revelou quando o leilão para quem se cadastrou -e foi selecionado- vai acabar, somente que anunciará o preço de venda das ações na próxima semana. As empresas costumam evitam entrevistas antes de IPOs, respeitando as leis criadas para impedir que uma companhia promova a compra de seus próprios papéis. A entrevista ocorreu em abril, antes de o Google ter encaminhado o pedido de abertura de capital. Neste ano, a Salesforce.com foi forçada a adiar seu IPO depois que a companhia e seu presidente-executivo, Marc Benioff, apareceram em artigo em um jornal. O leilão de ações do Google acontece em um momento em que o mercado está em baixa e a demanda dos investidores por novos negócios é cada vez menor -aberturas de capital têm sido adiadas ou canceladas. No caso das companhias de alta tecnologia, o lançamento do Google é um dos principais após o estouro da "bolha" no início de 2001. Com agências internacionais Texto Anterior: PIB do Japão decepciona, e UE não empolga Próximo Texto: Mercado financeiro: Fuga de estrangeiros continua na Bovespa Índice |
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