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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Siderúrgicas planejam investir US$ 4,1 bilhões

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria siderúrgica pretende investir US$ 4,1 bilhões de 2003 a 2007 para modernizar e ampliar a capacidade produtiva do setor.
Os empresários consideram que, com um crescimento de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto), como projeta o governo para 2004, elas têm de estar preparadas para atender um aumento de 7% anual do consumo de aço.
"A demanda por aço cresce geralmente o dobro do PIB. Se quisermos atender à encomenda do mercado interno e exportar, temos de aumentar a capacidade de produção", afirma Marco Polo de Mello Lopes, vice-presidente executivo do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia).
Com os investimentos, as siderúrgicas aumentarão de 34 milhões de toneladas para 39,9 milhões de toneladas anuais a capacidade de produção de aço a partir de 2007. Os planos são investir US$ 976,5 milhões neste ano, US$ 1,02 bilhão em 2004, US$ 1,18 bilhão em 2005, US$ 575,4 milhões em 2006 e US$ 330,4 milhões em 2007. A intenção dos empresários é bancar com recursos próprios 50% desses investimentos e financiar os outros 50%.
Nos últimos nove anos, diz, as siderúrgicas investiram US$ 12 bilhões em modernização tecnológica -efeito pós-privatização. Agora, o setor decidiu iniciar um novo ciclo. Lopes diz que, para elevar a produção de aço, o setor conta com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
As siderúrgicas, afirma, poderão aumentar os investimentos se o país crescer mais do que o previsto. "Os empresários estão na expectativa. Querem ver se o discurso do governo de priorizar o crescimento econômico vai passar da retórica para a realidade."

Infra-estrutura
A indústria de base precisa investir US$ 20 bilhões por ano em modernização e aumento da capacidade produtiva, informa a Abdib (associação do setor). Mas, neste ano, esse número não deve passar de US$ 10 bilhões. "Mesmo para manutenção das fábricas esse valor é muito baixo", afirma José Augusto Marques, presidente da associação.
Há dez dias, numa reunião com representantes de 60 grupos industriais, diz Marques, o que se sentiu foi um pouco mais de pessimismo para este semestre. O que mais desanima as empresas, diz, é a falta de definições de regras para investimento em energia elétrica, petróleo e gás. (FF)


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