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Siderúrgicas planejam investir US$ 4,1 bilhões
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria siderúrgica pretende investir US$ 4,1 bilhões de 2003
a 2007 para modernizar e ampliar
a capacidade produtiva do setor.
Os empresários consideram
que, com um crescimento de
3,5% do PIB (Produto Interno
Bruto), como projeta o governo
para 2004, elas têm de estar preparadas para atender um aumento
de 7% anual do consumo de aço.
"A demanda por aço cresce geralmente o dobro do PIB. Se quisermos atender à encomenda do
mercado interno e exportar, temos de aumentar a capacidade de
produção", afirma Marco Polo de
Mello Lopes, vice-presidente executivo do IBS (Instituto Brasileiro
de Siderurgia).
Com os investimentos, as siderúrgicas aumentarão de 34 milhões de toneladas para 39,9 milhões de toneladas anuais a capacidade de produção de aço a partir de 2007. Os planos são investir
US$ 976,5 milhões neste ano, US$
1,02 bilhão em 2004, US$ 1,18 bilhão em 2005, US$ 575,4 milhões
em 2006 e US$ 330,4 milhões em
2007. A intenção dos empresários
é bancar com recursos próprios
50% desses investimentos e financiar os outros 50%.
Nos últimos nove anos, diz, as
siderúrgicas investiram US$ 12 bilhões em modernização tecnológica -efeito pós-privatização.
Agora, o setor decidiu iniciar um
novo ciclo. Lopes diz que, para
elevar a produção de aço, o setor
conta com recursos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
As siderúrgicas, afirma, poderão aumentar os investimentos se
o país crescer mais do que o previsto. "Os empresários estão na
expectativa. Querem ver se o discurso do governo de priorizar o
crescimento econômico vai passar da retórica para a realidade."
Infra-estrutura
A indústria de base precisa investir US$ 20 bilhões por ano em
modernização e aumento da capacidade produtiva, informa a
Abdib (associação do setor). Mas,
neste ano, esse número não deve
passar de US$ 10 bilhões. "Mesmo
para manutenção das fábricas esse valor é muito baixo", afirma José Augusto Marques, presidente
da associação.
Há dez dias, numa reunião com
representantes de 60 grupos industriais, diz Marques, o que se
sentiu foi um pouco mais de pessimismo para este semestre. O
que mais desanima as empresas,
diz, é a falta de definições de regras para investimento em energia elétrica, petróleo e gás.
(FF)
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