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Motocicletas crescem há 10 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fabricantes de motocicletas
não estão preocupados com a retomada da economia: há dez anos
o setor não pára de crescer. "Multiplicamos por 20 a produção,
desde 1993", afirma Franklin de
Mello Neto, diretor-executivo da
Abraciclo, que representa os fabricantes de motos e bicicletas.
O setor espera fechar o ano com
1 milhão de motos fabricadas e,
em agosto, bateu recorde histórico de produção, com 88.114 unidades. Instaladas na Zona Franca
de Manaus, as indústrias gozam
de redução de ICMS e isenção de
IPI, mas, segundo Mello, os incentivos fiscais apenas compensam os gastos com transporte para escoar a produção do norte para o restante do país.
O pulo do gato, segundo o executivo, foi a definição, pelos fabricantes, de uma política para o setor voltada para o aumento de
produção e ganhos de escala.
Quando essa estratégia foi posta
em prática, em 1994, uma moto
da linha de 100 a 125 cilindradas
custava US$ 2.900. Hoje custa
US$ 1.450.
Segundo Mello, o setor apostou
na popularização desse tipo de
veículo, como opção de transporte, e buscou nas classes C e D seu
público-alvo. "Hoje, 80% dos
compradores de motos são pessoas com renda entre dois e três
salários mínimos", diz.
O acesso ao produto pelas classes de baixa renda foi possível por
meio de um amplo sistema de
consórcio, que responde por 55%
das vendas do setor.
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