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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Motocicletas crescem há 10 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os fabricantes de motocicletas não estão preocupados com a retomada da economia: há dez anos o setor não pára de crescer. "Multiplicamos por 20 a produção, desde 1993", afirma Franklin de Mello Neto, diretor-executivo da Abraciclo, que representa os fabricantes de motos e bicicletas.
O setor espera fechar o ano com 1 milhão de motos fabricadas e, em agosto, bateu recorde histórico de produção, com 88.114 unidades. Instaladas na Zona Franca de Manaus, as indústrias gozam de redução de ICMS e isenção de IPI, mas, segundo Mello, os incentivos fiscais apenas compensam os gastos com transporte para escoar a produção do norte para o restante do país.
O pulo do gato, segundo o executivo, foi a definição, pelos fabricantes, de uma política para o setor voltada para o aumento de produção e ganhos de escala. Quando essa estratégia foi posta em prática, em 1994, uma moto da linha de 100 a 125 cilindradas custava US$ 2.900. Hoje custa US$ 1.450.
Segundo Mello, o setor apostou na popularização desse tipo de veículo, como opção de transporte, e buscou nas classes C e D seu público-alvo. "Hoje, 80% dos compradores de motos são pessoas com renda entre dois e três salários mínimos", diz.
O acesso ao produto pelas classes de baixa renda foi possível por meio de um amplo sistema de consórcio, que responde por 55% das vendas do setor.


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