São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2006

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ECONOMIA GLOBAL

Déficit fiscal americano cai 14,1% no acumulado do ano

DA REDAÇÃO

O déficit fiscal do Estados Unidos caiu 14,1% de outubro de 2005 (início do ano fiscal corrente) até agosto passado ante o mesmo período um ano antes, mas o rombo no ano fiscal, que termina em 30 de setembro, deve ficar acima do previsto pelo governo norte-americano.
O déficit ficou em US$ 304,3 bilhões no período. No mesmo intervalo, um ano antes, ele foi de US$ 354,1 bilhões.
Para que o rombo chegue ao previsto pelo Escritório do Orçamento do Congresso para o ano, de US$ 260 bilhões, terá que haver superávit em setembro. O governo prevê déficit de US$ 295,8 bilhões para o ano fiscal.
Mesmo ficando acima das previsões, o déficit no ano fiscal deve ser menor que o registrado no ano fiscal anterior, de US$ 319 bilhões, o terceiro maior, em termos nominais, da história.
Apesar da melhora, críticos do governo do presidente George W. Bush dizem que o Escritório de Orçamento do Congresso prevê que o déficit acumulado ficará em US$ 1,76 trilhão na próxima década, devido principalmente aos cortes de impostos feitos pelo governo atual.
O déficit fiscal e o déficit em conta corrente dos EUA são conhecidos como "déficits gêmeos" e tidos por especialistas como uma ameaça à estabilidade econômica global.
O problema é que os déficits são financiados pela compra de ativos em dólar por outros países, especialmente os asiáticos, que acumulam enormes reservas em moeda estrangeira.
Se esses países decidirem reduzir suas compras, o dólar pode se desvalorizar rapidamente, o que teria repercussões em todo o mundo.
Em agosto, o déficit fiscal ficou em US$ 64,6 bilhões, um aumento em relação aos US$ 51,3 bilhões registrados em agosto de 2005.
O gasto do governo norte-americano no ano fiscal até agora aumentou 7,6%, para US$ 2,43 trilhões, na comparação com o mesmo período do ano fiscal anterior.


Com agências internacionais


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