São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

A uma semana do Copom, taxas aumentam na BM&F após IBGE verificar 6ª alta seguida da produção

Indústria em expansão eleva juros futuros

DA REPORTAGEM LOCAL

A uma semana de o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciar os novos juros básicos da economia, as projeções da taxa futura voltaram a subir. As taxas dos contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros apontam a expectativa do mercado de que a taxa básica vá ser elevada outra vez.
Analistas afirmam que a alta de ontem registrada pelos contratos de juros (DI) mais negociados ainda refletiu o crescimento da produção industrial de agosto. Na segunda-feira, véspera do feriado, o IBGE anunciou que a produção industrial brasileira registrou aumento de 1,1% em agosto em relação a julho, a sexta alta consecutiva. E uma economia mais aquecida que o esperado pode ter uma resposta conservadora -ou seja, elevação de juros- por parte do Banco Central, temeroso de que sua meta de inflação fique muito prejudicada.
A taxa básica de juros (Selic) foi elevada de 16% para 16,25% no mês passado.
No contrato DI mais negociado na BM&F, com vencimento em abril, a taxa pulou de 17,06% na sexta-feira para 17,19% ontem. O contrato que vence daqui a um ano registrou ontem uma taxa de 17,48%, contra 17,27% dos negócios de sexta-feira.

Baixas
A queda das ações do setor de siderurgia, somada às especulações ligadas aos vencimentos de Ibovespa futuro e do mercado de opções, fez a Bovespa cair 2,77%.
A baixa das ações ordinárias da Petrobras também colaborou para o dia negativo da Bolsa. Os papéis da petrolífera recuaram 5,57%. Com a proximidade do segundo turno das eleições municipais, há investidores que começam a acreditar que o preço dos combustíveis não deverá subir tão cedo.
Completando o dia ruim do mercado financeiro, o dólar fechou em alta de 0,7%, a R$ 2,84. O risco-país registrou elevação de 3,67%, para os 452 pontos.
O Tesouro Nacional vendeu ontem praticamente todos os lotes de quatro modalidades de títulos que ofereceu às instituições financeiras. O valor movimentado superou os R$ 8 bilhões.
Os papéis mais vendidos foram as LTNs (títulos prefixados), com prazo de resgate em de julho de 2005 e janeiro de 2006, e as LFTs (papéis pós-fixados).
(FABRICIO VIEIRA)


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