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MERCADO FINANCEIRO
A uma semana do Copom, taxas aumentam na BM&F após IBGE verificar 6ª alta seguida da produção
Indústria em expansão eleva juros futuros
DA REPORTAGEM LOCAL
A uma semana de o Copom
(Comitê de Política Monetária)
anunciar os novos juros básicos
da economia, as projeções da taxa
futura voltaram a subir. As taxas
dos contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros
apontam a expectativa do mercado de que a taxa básica vá ser elevada outra vez.
Analistas afirmam que a alta de
ontem registrada pelos contratos
de juros (DI) mais negociados
ainda refletiu o crescimento da
produção industrial de agosto. Na
segunda-feira, véspera do feriado,
o IBGE anunciou que a produção
industrial brasileira registrou aumento de 1,1% em agosto em relação a julho, a sexta alta consecutiva. E uma economia mais aquecida que o esperado pode ter uma
resposta conservadora -ou seja,
elevação de juros- por parte do
Banco Central, temeroso de que
sua meta de inflação fique muito
prejudicada.
A taxa básica de juros (Selic) foi
elevada de 16% para 16,25% no
mês passado.
No contrato DI mais negociado
na BM&F, com vencimento em
abril, a taxa pulou de 17,06% na
sexta-feira para 17,19% ontem. O
contrato que vence daqui a um
ano registrou ontem uma taxa de
17,48%, contra 17,27% dos negócios de sexta-feira.
Baixas
A queda das ações do setor de
siderurgia, somada às especulações ligadas aos vencimentos de
Ibovespa futuro e do mercado de
opções, fez a Bovespa cair 2,77%.
A baixa das ações ordinárias da
Petrobras também colaborou para o dia negativo da Bolsa. Os papéis da petrolífera recuaram
5,57%. Com a proximidade do segundo turno das eleições municipais, há investidores que começam a acreditar que o preço dos
combustíveis não deverá subir
tão cedo.
Completando o dia ruim do
mercado financeiro, o dólar fechou em alta de 0,7%, a R$ 2,84. O
risco-país registrou elevação de
3,67%, para os 452 pontos.
O Tesouro Nacional vendeu ontem praticamente todos os lotes
de quatro modalidades de títulos
que ofereceu às instituições financeiras. O valor movimentado superou os R$ 8 bilhões.
Os papéis mais vendidos foram
as LTNs (títulos prefixados), com
prazo de resgate em de julho de
2005 e janeiro de 2006, e as LFTs
(papéis pós-fixados).
(FABRICIO VIEIRA)
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