São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

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Palocci vê reforço para garantir crescimento

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Antonio Palocci (Fazenda) disse ontem que o elevado nível das reservas líquidas do país, que saíram de US$ 15 bilhões em 2003 para US$ 51 bilhões atualmente, permitiu ao governo antecipar o pagamento ao FMI. As reservas líquidas excluem os recursos tomados do FMI.
Essa capacidade de pagamento não tem relação com o superávit fiscal -a economia de recursos que o governo faz para pagar juros da dívida interna-, segundo Palocci. "Podemos fazer isso [o pré-pagamento] pelo crescimento importante das nossas reservas e pelo comportamento das contas externas brasileiras. Nosso saldo comercial é muito forte."
A iniciativa do governo foi tomada "no sentido de continuar melhorando o ambiente econômico do Brasil e de garantir condições cada vez mais fortes para o crescimento", afirmou Palocci, ao final de uma reunião com 20 executivos do setor automotivo.
Para o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, a decisão é um sinal importante tanto internamente quanto para os investidores estrangeiros. "Passa um sinal importante. É um elemento não só para o exterior mas domesticamente do que a gente conseguiu fazer. O investidor estrangeiro vai entender que o Brasil tem políticas firmes", disse Levy, no Rio.

Juros
Palocci voltou a descartar ontem qualquer aceleração na queda dos juros. Para o ministro, nem a queda do PIB no terceiro trimestre deste ano, nem a disputa eleitoral do ano que vem farão o Banco Central acelerar o corte da taxa básica, a Selic. "O ritmo e a decisão mensal do corte dos juros pelo BC só podem ser dadas pela avaliação do comportamento da inflação. As decisões de política econômica não são eleitorais." O BC define hoje os juros.


Colaborou a Sucursal do Rio

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