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Palocci vê reforço para garantir crescimento
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) disse ontem que o elevado
nível das reservas líquidas do país,
que saíram de US$ 15 bilhões em
2003 para US$ 51 bilhões atualmente, permitiu ao governo antecipar o pagamento ao FMI. As reservas líquidas excluem os recursos tomados do FMI.
Essa capacidade de pagamento
não tem relação com o superávit
fiscal -a economia de recursos
que o governo faz para pagar juros da dívida interna-, segundo
Palocci. "Podemos fazer isso [o
pré-pagamento] pelo crescimento importante das nossas reservas
e pelo comportamento das contas
externas brasileiras. Nosso saldo
comercial é muito forte."
A iniciativa do governo foi tomada "no sentido de continuar
melhorando o ambiente econômico do Brasil e de garantir condições cada vez mais fortes para o
crescimento", afirmou Palocci, ao
final de uma reunião com 20 executivos do setor automotivo.
Para o secretário do Tesouro,
Joaquim Levy, a decisão é um sinal importante tanto internamente quanto para os investidores estrangeiros. "Passa um sinal importante. É um elemento não só
para o exterior mas domesticamente do que a gente conseguiu
fazer. O investidor estrangeiro vai
entender que o Brasil tem políticas firmes", disse Levy, no Rio.
Juros
Palocci voltou a descartar ontem qualquer aceleração na queda dos juros. Para o ministro,
nem a queda do PIB no terceiro
trimestre deste ano, nem a disputa eleitoral do ano que vem farão o
Banco Central acelerar o corte da
taxa básica, a Selic. "O ritmo e a
decisão mensal do corte dos juros
pelo BC só podem ser dadas pela
avaliação do comportamento da
inflação. As decisões de política
econômica não são eleitorais." O
BC define hoje os juros.
Colaborou a Sucursal do Rio
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