São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa avança 1,36% e atinge novo recorde de pontuação; Copom decide hoje destino dos juros

Sinal de fim de aperto nos EUA levanta Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

Sinais dados pelo Fed (banco central dos Estados Unidos) de que o aperto monetário no país pode estar bem perto de seu fim deram novo ânimo ao mercado acionário doméstico. A Bovespa bateu novo recorde pontuação, ao subir 1,36%.
O Ibovespa, índice que reúne as 57 ações mais negociadas da Bolsa, encerrou o pregão aos inéditos 33.419 pontos.
Quando as ações que formam o Ibovespa se valorizam, os pontos do indicador sobem.
Se os juros deixam de subir nos Estados Unidos, aumentam as chances de investidores internacionais comprarem ativos (ações, títulos) de emergentes. Nesse quadro, a Bovespa costuma ser beneficiada, com a entrada de capital externo.
Até o dia 9, o saldo das compras e vendas de ações realizadas por estrangeiros na Bolsa paulista estava positivo em R$ 508,56 milhões. Em todo o mês passado, esse balanço foi positivo em R$ 328,4 milhões.
Operadores afirmam que ontem, especialmente na última hora de pregão, a presença de investidores estrangeiros no mercado foi significativa. Neste mês, os estrangeiros respondem por 36% dos negócios totais feitos no mercado, nível recorde.
Já o saldo das operações feitas pelo investidor pessoa física em dezembro, até o dia 9, está negativa em R$ 210,3 milhões.
A Bolsa paulista está com valorização acumulada de 4,71% em dezembro, empurrada pelas compras feitas com capital externo.
No ano, a alta da Bovespa já chega aos 27,57%, bem acima da rentabilidade paga por aplicações de renda fixa, que tem retorno médio de 18% no período.
No início da noite de hoje, o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia como fica a taxa básica da economia. As apostas mais fortes são que a taxa Selic seja reduzida de 18,5% para 18%, mas há quem afirme que os juros básicos podem cair para 17,75%.
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) de ontem, o contrato DI de prazo mais curto, que mostra as projeções para esta reunião do Copom, foi bastante negociado.
O DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim do mês girou 974 mil contratos ontem, contra apenas 45 mil no dia anterior. A taxa do papel recuou de 17,98% para 17,94%.
(FABRICIO VIEIRA)


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