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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa avança 1,36% e atinge novo recorde de pontuação; Copom decide hoje destino dos juros
Sinal de fim de aperto nos EUA levanta Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Sinais dados pelo Fed (banco
central dos Estados Unidos) de
que o aperto monetário no país
pode estar bem perto de seu fim
deram novo ânimo ao mercado
acionário doméstico. A Bovespa
bateu novo recorde pontuação,
ao subir 1,36%.
O Ibovespa, índice que reúne as
57 ações mais negociadas da Bolsa, encerrou o pregão aos inéditos
33.419 pontos.
Quando as ações que formam o
Ibovespa se valorizam, os pontos
do indicador sobem.
Se os juros deixam de subir nos
Estados Unidos, aumentam as
chances de investidores internacionais comprarem ativos (ações,
títulos) de emergentes. Nesse
quadro, a Bovespa costuma ser
beneficiada, com a entrada de capital externo.
Até o dia 9, o saldo das compras
e vendas de ações realizadas por
estrangeiros na Bolsa paulista estava positivo em R$ 508,56 milhões. Em todo o mês passado, esse balanço foi positivo em R$
328,4 milhões.
Operadores afirmam que ontem, especialmente na última hora de pregão, a presença de investidores estrangeiros no mercado
foi significativa. Neste mês, os estrangeiros respondem por 36%
dos negócios totais feitos no mercado, nível recorde.
Já o saldo das operações feitas
pelo investidor pessoa física em
dezembro, até o dia 9, está negativa em R$ 210,3 milhões.
A Bolsa paulista está com valorização acumulada de 4,71% em
dezembro, empurrada pelas compras feitas com capital externo.
No ano, a alta da Bovespa já chega aos 27,57%, bem acima da rentabilidade paga por aplicações de
renda fixa, que tem retorno médio de 18% no período.
No início da noite de hoje, o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia como fica a taxa básica da economia. As apostas mais
fortes são que a taxa Selic seja reduzida de 18,5% para 18%, mas há
quem afirme que os juros básicos
podem cair para 17,75%.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) de ontem, o contrato DI de prazo mais
curto, que mostra as projeções
para esta reunião do Copom, foi
bastante negociado.
O DI (Depósito Interfinanceiro)
que vence no fim do mês girou
974 mil contratos ontem, contra
apenas 45 mil no dia anterior. A
taxa do papel recuou de 17,98%
para 17,94%.
(FABRICIO VIEIRA)
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