JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A Polícia Federal prendeu ontem, nos Estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, 17 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de contrabando de mercadorias, especialmente cigarros, do Paraguai para o Brasil. Um policial da Polícia Militar do Paraná, suspeito de fazer a cobertura para os transporte das mercadorias, está foragido.
A operação, denominada "Anfíbio" em alusão ao fato de a quadrilha utilizar tanto o lago de Itaipu quanto rotas terrestres para o transporte das mercadorias, utilizou 80 policiais federais nos três Estados.
Em Foz do Iguaçu, onde houve o maior número de prisões -nove-, a PF apreendeu ainda celulares, computadores, documentação de imóveis adquiridos pela quadrilha, além de automóveis e uma quantia não informada em dinheiro, em real e dólar.

Investigação
A PF investigava a quadrilha há 11 meses. Eles utilizavam o lago de Itaipu para transportar, em barcos, contrabando do Paraguai para os municípios de Santa Helena, onde houve uma prisão, e Marechal Cândido Rondon, onde duas pessoas foram presas. O PM foragido trabalhava em Santa Helena.
A rota terrestre do contrabando utilizava a cidade de Foz do Iguaçu e municípios de Mato Grosso do Sul, na fronteira seca com o Paraguai. Foram presas ainda duas pessoas em Passos (MG) e três em Ribeirão Preto (SP). Os cinco eram empresários do setor de cigarros acusados de comprar e revender, no comércio varejista, os cigarros paraguaios.
Os presos foram indiciados e irão responder pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando, facilitação de contrabando e corrupção.


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