São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRABALHO

Emprego na indústria cai 0,2% em outubro, aponta IBGE

CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

O nível de emprego industrial caiu 0,2% em outubro na comparação com setembro, com ajuste sazonal, revela o IBGE. Em relação a outubro do ano passado, o índice apresentou ligeiro acréscimo de 0,2%, o quarto resultado positivo consecutivo, mas que se mantém próximo da estabilidade.
No ano, o emprego industrial é negativo, com recuo de 0,3%. O acumulado nos últimos 12 meses aponta redução de 0,4%. Segundo André Macedo, economista da Coordenação da Indústria, o comportamento do emprego industrial ao longo de 2006 pode ser classificado como moderado e discreto, porém permanente. "O emprego está respondendo na mesma moeda ao crescimento da indústria. Se temos um crescimento para a produção industrial moderado, tem-se uma resposta moderada no emprego", diz. Segundo Macedo, o real apreciado, que reduz a competitividade dos setores exportadores e estimula as importações, tem freado a expansão do emprego industrial.
Em nível nacional, os setores mais empregadores e mais sensíveis ao câmbio representaram as principais contribuições negativas na comparação com o mesmo mês do ano passado: calçados e artigos de couro (-14,1%), vestuário (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-3,7%). Regionalmente, as maiores pressões negativas vieram do Rio Grande do Sul (-8%), Paraná (-1,2%), Minas (-0,5%) e do Ceará (-0,8%).
No acumulado no ano, oito locais e 11 ramos reduziram o pessoal ocupado. Em termos regionais, o Rio Grande do Sul (-8,7%) exerceu a principal pressão negativa, seguido por Paraná (-2,5%).
As horas pagas na indústria -indicador que antecede contratações- apontaram recuo dos setores que sofrem com o câmbio. Calçados e artigos de couro e vestuário recuaram 8,8% e 6,6% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (5,5%), refino de petróleo e produção de álcool (17,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,3%). Em outubro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria registrou decréscimo de 0,4% em relação a setembro, na série sem efeitos sazonais. Antes, o indicador crescera dois meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 1%.


Texto Anterior: Desconto de até 97% a débitos tem aprovação
Próximo Texto: Incentivo fiscal para a compra de computadores terá ampliação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.