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TRABALHO
Emprego na indústria cai 0,2% em outubro, aponta IBGE
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O nível de emprego industrial caiu 0,2% em outubro
na comparação com setembro, com ajuste sazonal, revela o IBGE. Em relação a
outubro do ano passado, o
índice apresentou ligeiro
acréscimo de 0,2%, o quarto
resultado positivo consecutivo, mas que se mantém próximo da estabilidade.
No ano, o emprego industrial é negativo, com recuo de
0,3%. O acumulado nos últimos 12 meses aponta redução de 0,4%. Segundo André
Macedo, economista da
Coordenação da Indústria, o
comportamento do emprego
industrial ao longo de 2006
pode ser classificado como
moderado e discreto, porém
permanente. "O emprego está respondendo na mesma
moeda ao crescimento da indústria. Se temos um crescimento para a produção industrial moderado, tem-se
uma resposta moderada no
emprego", diz. Segundo Macedo, o real apreciado, que
reduz a competitividade dos
setores exportadores e estimula as importações, tem
freado a expansão do emprego industrial.
Em nível nacional, os setores mais empregadores e
mais sensíveis ao câmbio representaram as principais
contribuições negativas na
comparação com o mesmo
mês do ano passado: calçados e artigos de couro (-14,1%), vestuário (-6,1%) e
máquinas e equipamentos (-3,7%). Regionalmente, as
maiores pressões negativas
vieram do Rio Grande do Sul
(-8%), Paraná (-1,2%), Minas
(-0,5%) e do Ceará (-0,8%).
No acumulado no ano, oito
locais e 11 ramos reduziram o
pessoal ocupado. Em termos
regionais, o Rio Grande do
Sul (-8,7%) exerceu a principal pressão negativa, seguido
por Paraná (-2,5%).
As horas pagas na indústria -indicador que antecede contratações- apontaram recuo dos setores que
sofrem com o câmbio. Calçados e artigos de couro e vestuário recuaram 8,8% e 6,6%
em outubro na comparação
com o mesmo mês do ano
passado. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (5,5%), refino de petróleo e produção
de álcool (17,7%) e máquinas,
aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (6,3%).
Em outubro, o número de
horas pagas aos trabalhadores da indústria registrou decréscimo de 0,4% em relação
a setembro, na série sem
efeitos sazonais. Antes, o indicador crescera dois meses
consecutivos, período em
que acumulou ganho de 1%.
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