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Incentivo fiscal para a compra de computadores terá ampliação
Programa PC Conectado vai isentar modelos mais sofisticados, afirma Furlan
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal vai incluir
computadores mais sofisticados no programa PC Conectado -o regime tributário especial que isenta do pagamentos
de PIS e Cofins a comercialização no varejo de computadores
considerados populares.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan,
afirmou que essa medida já foi
decidida no governo, mas os detalhes só serão fornecidos
quando for anunciada, em data
ainda a ser definida.
O PC conectado foi parte da
medida provisória 258, que ficou conhecida como "MP do
Bem", publicada no ano passado. Beneficiam-se da isenção
dos dois tributos pessoas físicas
que comprarem computadores
no valor de até R$ 2.500 e laptops de até R$ 3.000.
De acordo com o ministro, o
objetivo é estender os benefícios às empresas. "Nos computadores mais baratos, a isenção
praticamente eliminou a concorrência desleal com o contrabando", afirmou Furlan. No caso dos computadores mais sofisticados, disse, a isenção poderá eliminar a vantagem de
cerca de 30% no preço de máquinas contrabandeadas.
Ele afirmou que o programa
PC Conectado fez a participação dos computadores contrabandeados cair de 75% para
45% do mercado. Pelos cálculos da indústria, afirmou, serão
vendidos 7 milhões de computadores neste ano, um aumento
de 113% na venda de laptops e
de 60% na de computadores na
comparação com 2005.
"Ao mesmo tempo em que
vamos subir a régua para incluir novos produtos no PC conectado, vamos baixar a régua
para incluir mais empresas no
Recap [Regime Especial de
Aquisição de Bens de Capital
para Empresas Exportadoras.]" O programa também suspende o pagamento de PIS e
Cofins de empresas que exportam pelo menos 80% da produção. A condicionalidade deverá
ser reduzida para 70% ou menos, segundo o ministro.
Atraso
Com atraso de quase cinco
meses desde que foi anunciado
como certo pelo ministro, o pacote de incentivos para atrair
indústrias de semicondutores
ao Brasil será anunciado junto
com o pacote fiscal na semana
que vem, afirmou Furlan.
Um dos entraves para a conclusão das medidas, que fez a
proposta parar cinco meses na
Casa Civil, refere-se às perdas
que a Zona Franca de Manaus
sofreria com a redução dos impostos para a instalação de fábricas em todos o país.
Furlan fez ontem um balanço de sua gestão e evitou confirmar se continua a comandar o
ministério.
Segundo ele, durante o primeiro mandato do presidente
Lula foram estabelecidas as bases da política industrial que
pretende estimular os setores
de bens de capital, fármacos,
softwares e semicondutores.
Furlan afirmou que em 2007
o país deve aumentar as exportações e as importações no
mesmo ritmo deste ano, mas
evitou previsões. "As exportações saltaram de US$ 60 bilhões para US$ 135 bilhões e o
comércio aumentou em velocidade que foi mais do que o dobro das exportações mundiais".
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